terça-feira, 2 de novembro de 2010

Serial kiler Brasileiros .

     -    Alguns dos assassinos em série mais famosos do Brasil .

                            FRANCISCO DAS CHAGAS .
Número de vítimas: 42
Local dos crimes: Altamira (PA) e São Luís (MA)
Período: 1989 a 2004

Francisco era um mecânico maranhense, com uma carinha que não despertava medo, nem desconfiança. Mas com 41 anos, ele já carregava mais de 42 homícidios em suas costas.





Ele agia sempre da mesma maneira. Seduzia meninos, ou seqüestrava e os levava para o meio do mato. Os estrangulava e esmasculava os (quase sempre muito jovens) garotos. Em todas os 42 homícidios, ele colocou a cabeça da vítima sempre perto de uma árvore chamada tucum. Depois, colocava a genitália em cima da cabeça, e se tivesse alguma árvore dessas perto, ele esticava os braços da criança e amputava um ou dois dedos. Em alguns ele cortava o dedo, em outros não. Cortava também orelhas, e quase sempre retalhava a genitália dos meninos assassinados. Era um ritual, que conforme o próprio chagas confirma, uma entidade aparecia e o mandava fazer essas coisas.
Apesar de confessar várias vezes seus crimes, e das inúmeras evidências encontradas, Francisco volta e meia nega seus crimes, E nestes momentos, fala em uma imensa conspiração política, jurídica e da imprensa, para incriminá-lo. “existe muita mentira, muita coisa suja no meio desta história.”Como quase todos os criminosos desse tipo, ele é um psicopata e faz de tudo para atenuar sua pena. Mente e acusa quem for sem sentir remorço, sem nenhum problema. Mas não consegue se manter firme em suas mentiras e cai em contradições. recorre a argumentos curiosos. "Se eu tivesse feito isso, tinha dinheiro. Não moraria humildemente"Como a emasculação de crianças e adolescentes poderia render dinheiro? Francisco tinha uma resposta pronta: tráfico de órgãos. Ao ser informado de que não existe transplante de pênis, a princípio se mostrou um tanto confuso, reiterando apenas que "neste planeta existe cada coisa que a gente fica abismado, não acreditando". Mas, pouco depois, saiu-se com outra explicação: "A pessoa, quando morre, começa a diluir, a desmanchar". As mutilações, portanto, seriam resultado natural da decomposição – ou, ainda segundo as sugestões imaginosas do assassino, da ação de algum inseto ou ave, já que os corpos foram encontrados no meio de matagais. No seu primeiro julgamento, em 2006, confessou o assassinato de Jonathan Silva Vieira, de apenas 15 anos, em 2003. Foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão. Foi apenas uma das 42 mortes pelas quais ele deverá responder perante a justiça. Foi julgado ainda por outras 29 mortes de meninos nos arredores de São Luís, onde está preso, e de outros 12 em Altamira, no Pará, onde viveu entre 1989 e 1993. Psicopatas são incapazes de sentimentos morais. Sabem, no entanto, manipular as emoções dos outros. Francisco tem duas filhas com uma ex-companheira. ele sempre fala da pobreza das meninas. Francisco das Chagas não conhece o significado da palavra "piedade".

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                     MARCELO COSTA ANDRADE - O vampiro de Niterói .
Número de vítimas: 14 ou mais
Local dos crimes: Niterói e Baixada Fluminense, Rio
Período: 1992 a 1993


Marcelo Costa de Andrade, o Vampiro de Niterói, foi um serial killer, acusado de ter matado cerca de catorze meninos nas redondezas de Itaboraí em 1991.
Como na maioria dos casos dos assassinhos em série, Marcelo teve uma infância problématica, viveu parte dela na Rocinha com a mãe que apanhava do marido. Foi mandado por um período para a casa dos avós, no Ceará, onde apanhava muito, então voltou para o Rio de Janeiro onde era vtima de maus tratos pelos novos companheiros dos pais, que haviam se separado. Foi nesse período que foi abusado sexualmente por um homem mais velho.
Foi internado em colégio só para meninos mas não fez amizades, sendo visto como ‘retardado’ pelos colegas já que não se saia bem nos estudos, aos 14 anos foi mandado embora do internato que só cuidava de jovens até essa idade.
Assim que saiu do internato passou a se prostituir e segundo ele, sempre era passivo durante seus programas, mas certa vez um homem mais velho o teria obrigado a ser ativo, o que o perturbou muito. Nessa época ele tentou cometer suicídio. Aos dezesseis anos foi morar com outro homossexual, Antonio Batista Freire, que começou a sustentá-lo e o apresentou à Igreja Universal do Reino de Deus, mesmo assim ele não parou de se prostituir, até que se separou de Antonio e voltou para a casa da família onde tentou abusar de seu irmão menor, só ai largou a porostituição.
Marcelo freqüentava os cultos e assistia as celebrações pela TV diariamente. Segundo ele, foi num desses cultos que ouviu que quando as crianças morrem, elas vão para o céu. Segundo a lógica do assassino, ele não matava adulto, pois poderia os estar mandando para o inferno.
Apesar da idade gostava de ouvir músicas da Xuxa e de outros ídolos infantis da época. A mãe de Marcelo conta que ele tinha o estranho hábito de ficar ouvindo uma fita gravada de quando o irmão mais novo estava chorando.
No dia 16 de dezembro de 1991, Altair Medeiros de Abreu, de 10 anos, teria saído com seu irmão, Ivan Medeiros de Abreu até a casa de um vizinho, quando os dois garotos passavam pela estação central de Niterói, foram abordados por Marcelo, que abusou e matou Ivan na presença do irmão que assustado passou a fazer tudo o que Marcelo queria. Os dois dormiram em um matagal, e na manhã seguindo partiram para o Rio.
Assim que conseguiu escapar, Altair Abreu voltou para sua casa e a denúncia do desaparecimento de Ivan logo chegou à polícia. Guiados pela vítima, os agentes capturaram Marcelo Costa de Andrade na frente de seu local de trabalho, no bairro de Copacabana, que confessou o crime imediatamente, não demonstrando surpresa.
Na delegacia, Marcelo confessou após o depoimento de sua mãe, Sonia Andrade que apresentou um facão ensangüentado que o filho escondia em sua casa, 14 assassinatos e guiou a polícia até as cenas dos crimes.
Além de violentar e assassinar os meninos, ele disse ter bebido o sangue de algumas de suas vítimas. Outros corpos foram encontrados decapitados ou sem o coração. Sua primeira pergunta ao ser preso foi se existia algum assassino similar no mundo.

“(...)Não reparei se ele estava vivo ou morto quando o estuprei. Não consegui me satisfazer. Apertei sua garganta mais uma vez para garantir que a alma dele fosse para o céu.”

Andrade foi declarado inimputável e vive em reclusão no hospital psiquiátrico Henrique Roxo, manicômio judicial da cidade do Rio de Janeiro.
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                          ADRIANO DA SILVA - O monstro de Passo fundo .
Número de vítimas: 12 ou mais
Local dos crimes: Rio Grande do Sul
Período: 2002 a 2004



O serial killer da região de Passo Fundo Adriano, a quem se atribuíram 12 mortes, embora ele admita apenas oito, foi preso no Município de Maximiliano de Almeida, na divisa do Rio Grande do Sul com Santa Catarina, em janeiro de 2004. Na Polícia e em Juízo, Adriano, também conhecido como Monstro de Passo Fundo, revelou detalhes sobre as mortes dos meninos, revelando - sem demonstrar nenhuma emoção - como imobilizava suas vítimas. Garantiu também que só abusava sexualmente dos meninos depois de matá-los. Nunca, segundo o depoimento, levava nada das crianças, nem roupas ou objetos. Adriano já tinha sido condenado por latrocínio, roubo seguido de morte, formação de quadrilha e ocultação de cadáver, no Paraná. Silva era procurado desde 2001, quando teria escapado da cadeia no Paraná, onde cumpria pena de 27 anos pela morte desse taxista. Desde então, circulou pelo interior gaúcho sob nomes falsos e vivendo de bicos. Interrogado pelos policiais, Silva confessou os crimes. Dos 27 anos de detenção que tinha para cumprir, fugiu depois de seis meses. Durante as investigações feitas pela Polícia gaúcha do RS chegou a ser preso, mas foi solto por falta de provas. O assassino carregava luvas e um lenço, para não deixar impressões digitais. Questionado sobre tamanha brutalidade, Silva falou de "uma vontade íntima, de um vício". Um detalhe espantoso nesse caso é que, nos últimos meses, antes de ser definitivamente acusado e confessar as oito mortes, o presidiário chegou a ser detido três vezes - uma por furto, outra por estar com uma faca e a terceira quando o avô de um dos meninos mortos suspeitou dele. Mas acabou solto em todas as ocasiões porque a polícia não sabia estar diante de um foragido. Silva disse aos policiais ter perdido os documentos e se identificou como Gabriel, nome de seu irmão. A desculpa foi suficiente para enganar a polícia, mas já se sabe que nada teria acontecido ainda que Adriano da Silva fosse identificado. Durante muitos meses, a Secretaria de Segurança do Paraná, Estado de onde ele fugiu, deixou de alimentar o sistema nacional de informações policiais. Ou seja, não haveria como saber que se tratava de um bandido foragido. Em liberdade, Silva mataria uma vez mais. Novamente, a polícia o capturou com a ajuda de uma testemunha que viu a vítima com o assassino.Entrevistado em 2010 ele alegou que só cometeu um dos 12 homicidios e que foi forçado a confessar os demais crimes, alegando que uma rede cometia os assassinatos e que se ele se negasse a confessar, a familia dele correria riscos .

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                     Ibrahim e Henrique Oliveira - Os irmãos oliveira . 




Os irmãos Oliveira, Ibrahin, nascido em 1976, e Henrique, nascido em 1974, em Nova Friburgo, Rio de Janeiro, conhecidos como “irmãos necrófilos” eles tornaram-se assassinos procurados em 1996 acusados pelo assassinato de nove pessoas na região serrana do Estado, desde 1995. Os cadáveres de sete das vítimas foram violados sexualmente, segundo a perícia. A Polícia Militar cercou os irmãos Ibrahin e Henrique de Oliveira, no alto da montanha dos Pinéis, em Riograndina, distrito de Nova Friburgo (a 130 km da capital Rio de Janeiro.A caçada aos supostos “irmãos necrófilos” mobilizou cerca de 250 policiais e pelo menos cem aventureiros estimulados pela recompensa de R$ 5 mil prometida pela Prefeitura de Nova Friburgo.O cerco na montanha dos Pinéis foi montado porque um dos irmãos teria sido visto no local por pessoas que estavam no sítio do comerciante Hélio da Fonseca.Alertados, os homens do Bope subiram a montanha correndo, enquanto cerca de 20 lavradores da região se posicionaram com carabinas, revólveres e facões nas trilhas de descida, impedindo a fuga. A montanha dos Pinéis é coberta por florestas. Seus acessos são quase todos de pedra lisa. Ela tem cerca de 300 metros de altura. A subida principal é pelo lugarejo Janela das Andorinhas, próximo à divisa entre Nova Friburgo e o município de Sumidouro.Um dos irmãos possivelmente Ibrahin, que é mais baixo e forte já havia sido visto na região por homens do Bope, do 11º BPM (Batalhão de Polícia Militar), em Nova Friburgo, e por moradores da região. Ibraim foi morto por um policial, que o encontrara na floresta. O irmão fugiu. Foi preso meses depois. Acusado de praticar necrofilia (sexo com cadáveres) e de matar oito pessoas, o lavrador Henrique Oliveira foi condenado a 34 anos de prisão pelo Tribunal do Júri de Nova Friburgo. Os sete jurados consideraram Henrique culpado da acusação de ter matado, na cidade, em janeiro de 1995, o vigia João Carlos Maria da Rocha. Oliveira também foi considerado culpado da acusação de, na mesma ocasião, ter estuprado Elizeth Ferreira Lima, principal testemunha do caso. Rocha e Elizeth namoravam perto de um riacho quando foram atacados pelos irmãos Henrique e Ibraim Oliveira. Elizeth sobreviveu porque se fingiu de morta. No período entre 1995 e 96, os irmãos assassinaram, segundo a polícia, seis mulheres, uma criança e o vigia. Depois de mortas, as mulheres eram violentadas e esquartejadas, segundo os laudos do Instituto Médico Legal. No julgamento, Oliveira disse que apenas teria visto o irmão cometer os assassinatos

O filme "Eles comem sua carne" tem como inspiração esses acontecimentos.
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                       JOSÉ DA PAZ BEZERRA – O Monstro do Morumbi
Número de vítimas: 10 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1970

No final dos anos 60 e começo dos 70, sete mulheres foram brutalmente assassinadas por estrangulamento e seus corpos abandados em terrenos baldios do Morumbi. A polícia não tinha pistas do criminoso. Suas vítimas foram encontradas do mesmo jeito: nuas ou seminuas, pés e mãos amarrados com uma corda improvisada com pedaços de suas roupas (meias de náilon, sutiãs, calcinhas, lenços, blusas, saias), boca, nariz e ouvidos tampados com pedaços de jornal e papel amassados, e uma tira de tecido que servia como mordaça e como enforcador ao mesmo tempo. De cada uma das vítimas, o assassino levava o dinheiro, as jóias e uma peça de roupa, que dava de presente à companheira. Foi ela que, cansada de pular de emprego em emprego por conta do marido, acabou denunciando-o à polícia. Ao saber-se descoberto, o assassino fugiu e foi para o Pará, onde matou outras três mulheres e foi, finalmente, capturado. José Paes Bezerra após estrangular essas mulheres, sem antes tê-las violentado e cujos corpos foram encontrados em uma área de mata fechada onde hoje está edificado um dos conjuntos Cidade Nova, ele preparava-se para matar mais uma mulher. Porém, ao entrar na mesma mata com idêntico propósito, percebeu que estava apaixonado por essa mulher, razão pela qual resolveu poupar a vida dela. A decisão acabou por ser vital para sua identificação, localização e prisão. O acusado dormia nu, sob a cama em um quarto, totalmente às escuras, na Vila Almeida, no bairro do Jurunas. A prisão, aliás, causou grande impacto na outrora pacata sociedade paraense. Ao ser preso o "Monstro do Morumbi", confessou os crimes. À medida que confessava seus crimes, maiores eram as atenções, concentrando nesta cidade profissionais de imprensa de todo o Brasil e exterior, já que se estava diante de um dos mais perversos assassinos em série da crônica policial brasileira. O modo como escolhia a vítima era sempre o mesmo: com as mesmas características físicas que, mais tarde, viria a se saber que eram as da sua mãe. Para ganhar a confiança das mulheres que matava, José Paes Bezerra criava um vínculo com elas, convidando-as para sair ou pedindo-as em namoro. Quando elas caíam em sua lábia, ele as levava para um matagal na região do Morumbi e as matava. Segundo especialistas, o motivo que o levou a cometer os crimes pode estar ligado à sua infância traumática. Com seis anos de idade, Bezerra era responsável por limpar as feridas do pai hanseníaco (leproso), e sua mãe, prostituta, o levava para seus programas. Enquanto o pai definhava na cama, Bezerra presenciava a vida sexual da mãe. Passou a nutrir ódio compulsivo pelas mulheres, o que o teria levado a praticar os crimes. Bezerra dizia com naturalidade ter matado mais de 24 mulheres, mas a polícia não conseguiu provas para acusá-lo de todos os crimes. Perto dos corpos havia sempre restos de papel de presente. Depois se soube que ele pegava algum bem das vítimas e levava de presente para sua mulher. Ambos trabalhavam em casa de família. Foi condenado pelo assassinato de quatro vítimas. Quando preso ele teria dito que só sentia prazer se fizesse relação com uma parceira que estivesse imóvel como morta, motivo que fez com que ele pegasse gosto por matar as vítimas antes de violentá-las. Cumpriu a pena máxima de 30 anos e foi libertado em 2001. Sua localização é desconhecida. Especula-se que ele adotou o nome de José Guerra Leitão, mas isso nunca foi comprovado. O delegado da prisão onde José cumpriu seus 30 anos afirmou que hoje seu paradeiro é ignorado e que provavelmente ele esteja produzindo outras vítimas.
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                             Mateus da Costa Meira .

Mateus da Costa Meira nascido em Salvador, Bahia no dia 4 de abril de 1975, mais conhecido por "O Atirador do Cinema" ou "O Atirador do Shopping", é um ex-estudante universitário de Medicina na USP. Seus apelidos vem do fato de ter disparado uma metralhadora portátil contra pessoas da platéia de uma sala de cinema de um shopping center na cidade de São Paulo. Filho do oftalmologista Deolino Vanderlei Meira e da enfermeira Alina da Costa Meira ele nasceu em Salvador, na Bahia, numa família de classe média alta. Meira e a irmã caçula Ana Emília Meira, na época com 21 anos, sempre tiveram de tudo. Estudaram em bons colégios particulares e até o momento do crime ele recebia uma mesada de 800 reais. A vida, portanto, era de padrão muito bom. Nunca teve um relacionamento muito afetuoso com os pais. Até os 13 anos, segundo a mãe, ele era normal. Nessa idade, começou sua depressão. Ele confidenciou a mãe que queria se suicidar. Foi ao psicólogo e fez tratamento por um ano. Depois o atendimento passou a ser de emergência, somente quando era necessário. Mas chegou a um ponto que ele não quis mais aceitar o tratamento e as medicações. Ele falou para sua mãe que sua falta de amigos era a causa da depressão. A situação piorou aos 15 anos. Ele foi fazer um intercâmbio nos Estados Unidos e a mãe americana não o suportou por causa da agressividade. Logo ele retornou. A dona da agência de intercâmbio disse que Mateus precisava de ajuda. Ele quebrou uma costela do pai, deu soco em um olho dele também, chutou um joelho da mãe e agrediu ela porque achou que uma roupa sua não estava passada. Tinha mania de limpeza e de organização. As coisas pioraram aos 16 anos. Vários médicos foram procurados. Um deles disse achar melhor que a família o mandasse para algum lugar, pois do contrário algo poderia acontecer. A decisão dele de morar em São Paulo foi encarada por todos como uma boa solução. Chegando lá, ele morou num pensionato e teve uma briga séria com um colega. Mateus teve de sair de lá. Logo depois, mudou-se para um apartamento. Lá, ele agrediu o porteiro do edifício. Depois foi para outro prédio, onde ficou até a época dos crimes. Nos seus seis anos de São Paulo, Meira não cultivou uma amizade sequer. Nunca foi visto com namorada. Quando andava pelos corredores da Santa Casa de Misericórdia, onde cursava o 6º ano de medicina, mantinha sempre o olhar baixo. Não mantinha vínculos com ninguém. Quando o chamavam de "baiano", abandonava o lugar imediatamente e emudecia durante dias. No 1º ano, foi um estudante excepcional. Suas notas estavam entre as melhores da turma. No do 1º ano, quando foi passar férias em Salvador, Mateus tentou suicídio usando um bisturi. Têm nos pulsos as marcas dessa tentativa. Nesse mesmo dia, resolveu correr de calça jeans. Chegou em casa com a calça estraçalhada. Disse que sentiu calor no meio do caminho e cortou a calça toda com um caco de vidro. Tempos depois, feriu-se novamente e voltou a falar em suicídio. No início do 2º ano sua mãe pediu que a faculdade ajudasse no tratamento. Comunicaram a ela que Mateus era um aluno brilhante e não podia ser obrigado a aceitar o tratamento. Nesse 2º ano, foi apenas um bom aluno. No 3º, medíocre. Ele repetiu o 4º ano, fez apenas uma matéria no 5º e no 6º. Na Santa Casa, poucos alunos gostam de dar plantão aos sábados e domingos ou em horários noturnos. Mas Meira oficializou essa opinião para os professores. Ele chegava a pagar para alguns alunos cumprirem o plantão por ele. Quando foi descoberto, encaminharam-no a um centro de apoio psiquiátrico da universidade. Ele compareceu a uma consulta com a doutora Patrícia Belloddi e se dizia revoltado com a punição. Foi então encaminhado ao psiquiatra José Cássio do Nascimento Pitta, que se apressou em agendar uma consulta e abriu um horário extra para atender a mãe dele. Ao final do encontro, Pitta ficou convencido de que ele precisava iniciar um tratamento imediatamente. Como ia viajar, recomendou o jovem à sua colega, a psiquiatra Luciana Sarin. Dias depois, Meira piorou e a médica decidiu interná-lo a força na Clínica Psiquiátrica Parque Julieta, na Granja Julieta, bairro nobre de São Paulo. Quando Pitta voltou de viagem, encontrou-o quieto e retraído, depois de sete dias de internação. Ele não mais apresentava os sintomas de irritabilidade e agitação que demonstrara antes. Foi então que o psiquiatra ouviu da voz pausada e monocórdia de Meira relatos sobre alguns acontecimentos de sua vida. Na época, o pai de Meira estava em São Paulo acompanhando o tratamento do filho. A sua permanência na cidade, ao lado do estudante, foi a condição imposta pelo psiquiatra para dar alta. Meira alegava que queria retomar os estudos. Dois dias depois, na quinta-feira, o pai de Meira ligou para o psiquiatra e disse que ele retomara as atividades normais na escola e dormia bem. Um bom sinal, já que a insônia era freqüente. Mas o pior ainda estava por acontecer. Uma semana mais tarde, o pai de Meira levou-o ao consultório de Pitta. O pai dele disse que tinha assuntos urgentes a resolver em Salvador e viajaria naquele mesmo dia. No dia seguinte, Meira interrompeu a medicação e passou a ser dono de seu destino. Não voltou mais ao consultório do psiquiatra. Meira morava sozinho. Não recebia ninguém em seu apartamento. Costumava não atender ao interfone nem à porta, mesmo estando dentro de casa. Segundo seus vizinhos, tinha um comportamento muito estranho. Por duas ocasiões, quebrou o vidro da porta de entrada com a cabeça. Numa madrugada bateu na casa do zelador dizendo que queria a chave da caixa de luz porque a voz que o perseguia estava lá dentro. Chegou a ameaçar o zelador. Meira estava devendo dois meses de condomínio. Era um aficionado de jogos de estratégia, como War, e de memória, como Master. Ele não tinha intimidade com a família, mas deixou que sua mãe o abraçasse e passasse as mãos em seu cabelo após sua prisão. Conversava com os pais, mas jamais com a irmã, era como se ela não existisse. O garoto calado e sem amigos era também um pirata da informática. Em seu apartamento foram apreendidos quatro computadores e mais de 1.000 CDs virgens que usava para copiar softwares. Na verdade, ele mantinha em casa uma empresa virtual, fantasma, com endereço na internet e cadastrada com dados falsos. Em 1997 foi procurado pela polícia, mas nem chegou a ser processado por crime de pirataria. Sabe-se, porém, que parte do dinheiro que empregou na compra da arma foi obtida com a venda desses CDs. Uma empresa provedora de internet chegou a reclamar com seu pai porque ele enviava mensagens pornográficas por e-mail para centenas de pessoas. O estudante confirmou que usava drogas constantemente e as comprava do mecânico Marcos Paulo Almeida Santos, o mesmo que lhe vendeu a submetralhadora. As 28 pessoas que assistiam à última sessão do filme Clube da Luta viveram um terror que lhes parecia interminável. Mais tarde, Meira diria que há sete anos vem pensando em cometer um crime assim. Marcado por uma personalidade esquizóide e muito introvertido, o estudante criou as condições ideais para realizar sua obsessão. Dois meses antes ele vinha consumindo cocaína e há muito tempo já havia deixado de tomar o medicamento Zyprexa, antipsicótico usado para diminuir sintomas de delírios, alucinações, irritabilidade e agressividade. Meira já tinha até uma pistola 380 para fazer seu massacre. Mas acabou optando por outra arma. O estudante, então, encomendou uma submetralhadora americana Cobray M-11/9 calibre 9 milímetros. Pagou 5.000 reais, entregou sua pistola 380 e voltou para um hotel que tinha se hospedado no dia. Minutos depois, saiu sem fechar a conta, levando apenas uma mochila nas costas. Tomou um táxi, rumo ao MorumbiShopping (local onde, acreditava, poderia cometer o crime sem levantar suspeitas, já que estava bem longe de casa e dificilmente alguém o reconheceria por ali). Segundo testemunhas oculares da ação, na noite de 3 de novembro de 1999, dentro da sala 5 do cinema do Morumbi Shopping, zona sul da capital paulista, Mateus teria levantado de seu lugar, ido ao banheiro, onde teria dado um tiro no espelho com sua submetralhadora Cobray M-11, mirou para a sua própria imagem e disparou. O espelho permaneceu inteiro na parede, com um furo de bala e todo estilhaçado. A arma estava no modo intermitente, isto é, dava um tiro de cada vez. O estudante não conseguiu regulá-la para que os tiros saíssem em rajadas. Depois ele ficou de frente para a platéia, sacando novamente a arma e iniciando os disparos. Dessa tragédia resultaram 3 mortes: a fotógrafa Fabiana Lobão de Freitas, de 25 anos; o analista de sistemas Júlio Maurício Zemaitis, de 28 anos e a publicitária Herme Luiza Jatobá Vadasz, de 44 anos. E 4 pessoas feridas, dentre elas o produtor de cinema Carlos Eduardo de Oliveira, namorado de Fabiana. O filme exibido no momento dos disparos era Clube da Luta. Preso em flagrante ele contou que ouvia vozes ameaçando-o e sentia-se perseguido em seu apartamento, motivo que o teria levado a se hospedar no hotel naquela tarde. Em sua residência, a polícia encontrou mais de 300 cápsulas de submetralhadora, quatro papelotes com aproximadamente 1 grama de cocaína cada um e 33 pacotes vazios. Também havia vestígios de crack. Ele acabou condenado a mais de 120 anos de prisão em regime fechado. Seus advogados alegaram que Mateus era semi-imputável, ou seja, possuía consciência parcial de seus atos. Depois de várias apelações judiciais, Mateus foi condenado aos formais 30 anos máximos previstos pela Justiça brasileira. Os advogados de defesa tentaram, em vão, alegar insanidade mental de seu cliente e argumentar que Mateus havia sido influenciado pelo jogo Duke Nukem 3D, no qual há uma cena de tiroteio dentro de um cinema. No dia 8 de maio de 2009, Mateus tentou matar seu colega de cela na Penitenciária Lemos Brito na cidade de Salvador e foi autuado por tentativa de homicídio. A vítima é o detento espanhol Francisco Vidal Lopes, 68 anos, que cumpre pena por tráfico de drogas na unidade. Ele foi socorrido e não teve danos maiores. Segundo informações da Secretaria de Cidadania, Justiça e Direitos Humanos da Bahia, Meira teria usado uma tesoura para golpear a cabeça do espanhol. O equipamento é usado pelos presos em trabalhos artesanais. Meira foi levado para a 10ª Delegacia de Polícia de Salvador, onde foi autuado por tentativa de homicídio. O espanhol teria dito à polícia que um desentendimento anterior seria o motivo da agressão praticada pelo ex-estudante de medicina. Em 27 de fevereiro de 2009, Meira foi transferido do Presídio de Tremembé, em São Paulo, para o Presídio Lemos Brito, em Salvador. A mudança teria sido um pedido da família dele, que mora na Bahia, de acordo com a Secretaria de Justiça da Bahia. A direção do Presídio Lemos Brito informou que, após a agressão ao colega de cela, Meira foi levado para uma cela, onde foi mantido em isolamento dos demais detentos.
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                 Edson Izidoro Guimarães -Enfermeiro da Morte .

Edson Izidoro Guimarães, nascido no Rio de Janeiro em 1957, conhecido como “ Anjo da Morte" ou “Enfermeiro da Morte", é um ex-auxiliar de enfermagem que assistia no setor de emergência do Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, Zona Norte do Rio de Janeiro, responsável direto pela morte de pelo menos cinco pessoas. Estima-se que o número verdadeiro de suas vítimas, porém, seja superior a cem, o que o transformaria num dos maiores assassinos em série do Brasil e do mundo. Edson Izidoro Guimarães foi preso em 07 de maio de 1999, quando trabalhava no plantão do Hospital Salgado Filho. No dia 21 desse mês ele foi denunciado pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, emprego de asfixia e veneno e mediante recurso que impossibilitou a defesa das vítimas). Ele ficou conhecido como o "Enfermeiro da Morte" por ter desligado os aparelhos respiratórios das pacientes terminais Márcia Garnier Pereira, Maria Aparecida Pereira e Francisca Teresa Coutinho de Oliveira. Ele também foi condenado por ter injetado cloreto de potássio em Matias Gomes, o matando por embolia pulmonar. Os assassinatos ocorreram em 7 de maio de 1999, no mesmo dia em que acabou sendo preso. Izidoro confessou que matava os pacientes terminais para receber comissão de funerárias. Ele chegou a ser acusado de outras 126 mortes ocorridas durante seus plantões. Em 17 de fevereiro de 2000, Edson Izidoro Guimarães foi condenado a 76 anos de prisão, resultado da soma das quatro penas de 19 anos pelas mortes dos quatro pacientes do Hospital Municipal Salgado Filho. A defesa apelou, e no dia 13 de março de 2001, a 3ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, em decisão unânime, reformou a sentença por entender que houve crime continuado e não concurso material de crimes. Na ocasião, a Câmara fixou a pena de Edson Izidoro em 31 anos e oito meses de reclusão, permitindo à defesa protesto por novo júri, igualmente aceito por unanimidade. Em 27 de setembro de 2001 Guimarães foi novamente julgado, agora pelo III Tribunal do Júri do Rio de Janeiro. Atualmente, Edson permanece preso nas celas da Polinter, no Rio de Janeiro, e, ao que tudo indica, não abandonou a profissão de enfermeiro. Segundo policiais, o auxiliar de enfermagem é requisitado “sempre que um interno sente-se mal”. É ele quem presta os primeiros socorros na carceragem, a pedido dos próprios policiais e detentos. Além disso, Izidoro é considerado preso de bom comportamento e desfruta de “algumas regalias”. Por ser classificado como “faxina”, detento que presta serviço ou ajuda na prisão, ele, que já dividiu espaço com outros 31 presos, ocupa uma cela com cerca de sete condenados, equipada com televisão, fogão, geladeira e colchões. Conforme informaram alguns policiais, esse tipo de tratamento é dispensado aos presos primários, de bom comportamento, sem nenhum tipo de ligação com facções criminosas. O caso serviu para tornar pública uma prática que até então era muito comum nos hospitais do Rio de Janeiro e possivelmente do restante do país: a máfia das funerárias. Com a prisão de Edson Izidoro Guimarães foi confirmado um esquema no Hospital Salgado Filho, onde as empresas funerárias agiam livremente pagando comissões a quem indicasse seus serviços. As investigações mostraram que o auxiliar de enfermagem chegava a lucrar entre cem e mil reais, dependendo do tipo de morte. As mortes naturais rendiam menos que aquelas produzidas por acidentes de trânsito. Estas últimas envolviam um esquema de seguro. Foi descoberto que a ação da máfia das funerárias não se restringia ao Rio de Janeiro. A prefeitura de São Paulo também admitiu que sua população era vítima da ação criminosa de agentes funerários, não ficando provado que a máfia paulista chegasse ao extremo das similares no estado onde Edson operava. Em 23 de agosto de 2009, a 11ª Câmara Cível do TJ-RJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) condenou o município do Rio de Janeiro a pagar indenização moral de R$ 50 mil a Sebastiana Barbosa, viúva de Jorge Barbosa, morto por Edson em abril de 1999. De acordo com o processo, Jorge foi internado no Hospital Albert Schweitzer depois de sofrer convulsões e, logo após, foi transferido para o Hospital Salgado Filho, no Méier. Como Jorge estava medicado e as crises controladas, Sebastiana resolveu retornar para casa. Ao voltar ao hospital, no dia seguinte, descobriu que ele havia falecido. Sebastiana é o primeiro parente de uma vítima do "Enfermeiro da Morte" a receber indenização.

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              Marcos Antunes Trigueiro - Maníaco do Industrial .

Marcos Antunes Trigueiro nascido em Brasília de Minas em 29 de maio de 1978 ficou conhecido como o Maníaco do Industrial, é um ex-pintor brasileiro e serial killer de mulheres que agia em Contagem e Belo Horizonte, Minas Gerais. Marcos estuprou e assassinou cinco mulheres em 2009. Ele foi detido pela Polícia Civil de Minas Gerais no bairro Lindéia, junto ao bairro Industrial em Contagem. Ele está preso desde o dia 24 de fevereiro de 2010 e recolhido em uma cela isolada da Penitenciária Nélson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Os policiais chegaram até ele rastreando os telefones celurares das vítimas, tendo Marcos confessado a autoria das cinco mortes após a detenção. O delegado Edson Moreira, um dos responsáveis pelo caso, divulgou em 26 de fevereiro que pelo menos três mulheres conseguiram escapar do maníaco. Em 2 de fevereiro de 2010, a polícia havia divulgado que existia um padrão de comportamento comum em todos esses crimes, e que a perícia concluíra que o sêmen encontrado em três das vítimas de 2009 era do mesmo autor. Adina Feitor Porto, comerciante de 34 anos, desapareceu em 27 de janeiro de 2009 no bairro Lindéia, região do Barreiro. Seu carro foi encontrado na Via Expressa, bairro Camargos, região Noroeste. Ela foi encontrada estrangulada mais de uma semana depois, no dia 4 de fevereiro, no município de Sarzedo, Região Metropolitana de Belo Horizonte. Ana Carolina Menezes Assunção, comerciante de 27 anos, foi encontrada morta estrangulada dentro do próprio carro no bairro João Pinheiro, região Noroeste, no dia 17 de abril de 2009. O seu filho, um bebê de apenas quatorze meses, estava no veículo e foi encontrado dormindo sobre o corpo da mãe, não tendo sido molestado. A família tentou falar com Ana Carolina pelo celular, mas ela atendeu de forma estranha e um homem falava ao seu lado. Ana Carolina foi estrangulada com um cadarço de tênis. Maria Helena Lopes Aguilar, de 49 anos, foi encontrada morta estrangulada dentro do próprio carro na Rua das Trombetas, Conjunto Califórnia, Noroeste de Belo Horizonte, no dia 17 de setembro de 2009. Maria Helena foi estrangulada com o cinto de segurança no banco de trás do carro. Edna Cordeiro de Oliveira Freitas, contadora de 35 anos, foi encontrada morta numa estrada de terra que liga o bairro Jardim Canadá, em Nova Lima, à BR-040, em 12 de novembro de 2009. O seu automóvel havia sido encontrado no dia anterior no bairro Industrial em Contagem com todos os seus pertences no interior, exceto o telefone celular. Edna foi enforcada com um cabide de arame, embaixo de suas unhas foram encontrados vestígios de pele e carne. Natália Cristina de Almeida Paiva, estudante de direito de 27 anos, desapareceu em 07 de outubro de 2009, depois de sair de sua casa no bairro Margarida para ir à faculdade. Seu carro foi encontrado no Barreiro de Baixo no dia seguinte. Ela cursava direito na PUC de Minas Gerais. Seu corpo estava enterrado como indigente no Cemitério Público de Ribeirão das Neves desde o dia 29 de outubro de 2009 e só foi descoberto que era realmente a sua ossada no dia 10 de janeiro de 2010, após exumação e uma série de avaliações. A Polícia Civil também encaminhou à Justiça da Comarca de Ibirité, no dia 20 de janeiro, o inquérito policial que investigou a morte da filha de Marcos Antunes Trigueiro. A menina, de três meses, foi espancada até a morte, em fevereiro de 2005. Marcos Trigueiro foi indiciado por homicídio duplamente qualificado. Marcos Antunes Trigueiro passou parte da vida nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, mas sempre voltava para Minas Gerais. Marcos foi casado pelo menos duas vezes e teve 5 filhos. Assim como a maioria dos serial killers, ele teve uma infância e juventude conturbada, apanhava muito do pai. Ele freqüentava a igreja de Testemunhas de Jeová. O nome de Jesus pintado na parede foi a marca que o suspeito de assassinato deixou em uma fábrica de mangueiras. Marcos Antunes Trigueiro trabalhou no local informalmente, no final de 2009. A empresa fica bem em frente à casa dele. A ex-patroa afirma que Marcos parecia tímido. Ela disse que Marcos costumava fazer bicos como pintor e pedreiro. Na fábrica, ficou apenas 15 dias e sumiu sem dar satisfações. Ela nunca desconfiou da índole dele. Vizinhos dizem que Marcos se mudou para o local onde foi detido um ano anos. A prisão dele surpreendeu a todos. Segundo a polícia, a ficha criminal de Marcos Antunes começou em 2005 quando ele foi preso por furto e roubo. Chegou a fugir da cadeia, mas foi recapturado. Os investigadores disseram que, desta vez, ele entrou na lista de suspeitos porque morava na região onde os crimes ocorreram. E tem um passado como assaltante. Segundo a polícia a foto dele foi reconhecida por uma testemunha como o homem que ela viu no carro de uma das mulheres assassinadas.


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            BENEDITO DE MOREIRA CARVALHO  -  O Monstro de Guaianazes
Número de vítimas: 9 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1950 a 1953
maníaco sexual – meninas (japas)


Nascido em Tambaú. Atacou de 1950 a 1953. Era casado, mas não podia fazer sexo com sua mulher por seus vários problemas de saúde. Tinha um impulso sexual incontrolável, chegando a atacar 5 pessoas num só dia, sem ainda se sentir saciado.
Gostava de meninas, principalmente japonesas. Anotava todos os crimes num caderninho. Estava sempre de terno e chapéu e com uma pasta na mão, que continha uma corda com uma laçada.
Entre estupros e tentativas de violência sexual cometeu 29 crimes na Grande São Paulo na década de 50. Dez de suas vítimas acabaram mortas. O “Monstro de Guaianazes” pedia a elas que fizessem sexo com ele. Ao ouvir a recusa, arrastava-as para locais ermos e cometia os crimes. Quando despia as vítimas meninas as cobria com as peças de seu vestuário, quando mulheres as deixava completamente nuas e descobertas.
Foi preso em 1952. e morreu na prisão de infarto em 1976.

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                 Sérgio Brasil Rolim .



Em 7 de novembro de 2006, o ex-bancário Sérgio Brasil Rolim, nascido em 1974, foi condenado a 28 anos de prisão, em regime fechado, pela morte da vendedora de planos de saúde, Edilene Maria Pinto Esteves, 38 anos, em março de 2002. O júri, formado por sete pessoas, foi unânime e confirmou a condenação dada ao réu em novembro de 2005, quando ele foi, pela primeira vez, a julgamento pelo assassinato da professora. "Ele foi condenado por homicídio duplamente qualificado, sendo uma das qualificadoras a impossibilidade de defesa da vítima. Ele se passou por cliente e ceifou a vida da vítima, matando-a por asfixia mecânica, utilizando o sutiã da vítima", explica o assistente de acusação, José Erivaldo Oliveira dos Santos. Sérgio foi a julgamento e condenado por outros crimes. Ao todo, ele soma mais de 80 anos de reclusão. Entre as condenações está a morte do mototaxista Ricardo Guilhermino dos Santos e da estudante Ana Amélia Pereira de Alencar. O mototaxista era traficante de cocaína e foi morto numa ‘queima-de-arquivo’, porque a quadrilha de Rolim suspeitava de que o mesmo fosse um informante da Polícia. Já Ana Amélia teria morrido por saber ações da quadrilha. Sérgio Rolim tentou incriminar uma inocente, colocando fotos da moça no carro do rapaz, Ricardo Guilhermino dos Santos, conhecido como ‘Neném’. Para Erivaldo, "justiça foi feita", pois Sérgio deverá passar pelo menos 30 anos na prisão (limite de tempo em que uma pessoa pode ficar presa pela legislação do Brasil), já que o réu que comete crimes hediondos não tem direito à progressão de pena, segundo o Código Penal Brasileiro. "Segundo a lei, ele deve cumprir, pelo menos, 2/3 da pena, o que deve passar de 30 anos de reclusão", afirma. O advogado de defesa de Rolim, Aglézio de Brito, disse que não vai recorrer da sentença. O próximo passo será pedir a unificação das penas. "Não cabe mais recurso, pois no outro julgamento, a defesa entrou com protesto pedindo novo juri e desaforamento (julgamento em outra comarca). Nesse caso, agora, não cabe mais recurso, a não ser que o julgamento seja anulado", explica Brito. A família de Edilene comemorou o resultado. "Estamos felizes e aliviados, pois sabemos que ele não tem mais nenhum recurso para recorrer e que ele vai cumprir essa pena. Foi feito justiça, e isso é muito bom. Vamos aguardar, agora, o julgamento dos outros dois acusados e esperamos que também seja feito justiça", declarou a irmã de Edilene, Socorro Pinto. Rolim chegou ao Fórum de Barbalha por volta de 9h30min escoltado por policiais do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gate). Na entrada, ele foi recepcionado por um grupo de mulheres, integrantes de movimentos pela não-violência contra a mulher que, com blusas personalizadas, faixas e cartazes, pediam justiça e a condenação do réu. "Esperamos que se faça justiça, que a impunidade não predomine na região do Cariri, pois o que se percebe é que vários assassinos continuam soltos, sem punição pelos seus crimes", exclamava Verônica Maria Rodrigues, representante da União das Mulheres do Ceará, pedindo ainda maior celeridade da justiça nas investigações das mortes de Luiza Alexandre Alencar, a "Alessandra" e sua amiga, a publicitária Maria Eliana Gonçalves, mortas em junho de 2001. Antes do julgamento, que iniciou pouco antes de 10 horas, os advogados de defesa de Rolim estavam confiantes em sua absolvição. A estratégia da defesa foi defender que Rolim confessou o crime por ter sido torturado por policiais. "Tudo leva a crer que houve coação física e psicológica para que ele confessasse todos os crimes", afirmou Aglézio de Brito, advogado de Rolim. No julgamento, Sérgio Rolim manteve a versão dos advogados. Ele negou ter matado Edilene, afirmando que estava na Paraíba no dia do crime, e acusou vários policiais, que na época trabalhavam no Serviço de Inteligência da Polícia Militar do Crato, de o terem torturado para que confessasse o homicídio. Ele disse ainda que foi procurado, na Penitenciária Industrial e Regional do Cariri (Pirc), por um advogado de Alfredo Couto e Aníbal Couto, indiciados, pelo Ministério Público, pelas mortes de Alexandra e Eliana, para que assumisse também o assassinato das duas mulheres em troca de R$ 300 mil. Sérgio Brasil Rolim foi o primeiro dos três acusados de assassinar Edilene a ser julgado pelo crime, outros dois acusados, Leandro Figueiredo Silva e José Moreira Neto, também sentaram no banco dos réus. Tudo ocorreu assim, a vendedora de planos de saúde Edilene Maria Pinto Esteves, 38 anos, casada e mãe de dois filhos, saiu de sua casa, em Juazeiro do Norte, e desapareceu. Segundo a família da vítima, ela foi atraída ao Shopping Cariri por um suposto cliente interessado em fazer um plano de saúde. No dia 11 de março de 2002 o corpo de Edilene foi encontrado no sítio Correntinho, em Barbalha, despido, com as mãos amarradas e a boca amordaçada. Segundo a perícia, Edilene foi estuprada e depois estrangulada. No dia 3 de maio de 2002 o ex-bancário Sérgio Rolim, integrante de uma quadrilha, foi preso por policiais do Comando de Policiamento da Capital (CPI) em sua residência, no bairro Lameiro, Crato. Na ocasião, ele teria confessado o assassinato de Edilene e outras três mulheres no mesmo ano: da copeira Maria Aparecida Pereira da Silva, 27 anos (13/03); da coreógrafa Waneska Maria da Silva, 22 anos (13/03); e de Ana Amélia Pereira Alencar, 21 anos, (23/03). A Polícia chegou ao acusado a partir de investigações sobre uma série de estupros ocorridos na região, cujas vítimas apontavam o ex-bancário como autor. No dia 20 de maio de 2005 Leandro Figueiredo Silva, outro acusado pela morte de Edilene, foi condenado a 24 anos de prisão. Em 7 de novembro de 2005 Sérgio Rolim foi condenado a 28 anos de prisão em regime fechado. Ao todo, ele soma 94 anos e 6 meses de reclusão em regime fechado por vários crimes. Rolim, no entanto, recorreu da sentença. No dia 8 de novembro de 2005 José Moreira Neto, terceiro acusado pela morte de Edilene, é condenado a 25 anos. No dia 6 de novembro de 2006 - Sérgio Rolim vai novamente a julgamento pela morte de Edilene e o juri confirma, por unanimidade, a sentença de 28 anos de reclusão.

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          Florisvaldo de Oliveira - Cabo Bruno .

Florisvaldo de Oliveira, mais conhecido como Cabo Bruno nasceu entre 1958 e 1959, não se sabe precisamente, é um ex-policial criminoso acusado de mais de 50 mortes na periferia de São Paulo durante os anos 1980, considerado "um dos personagens mais polêmicos da crônica policial". Ele chegou a admitir essas mortes, mas depois as negou em depoimento. Cabo Bruno era o que se conhece como "justiceiro", pessoa que é contratada para matar outras, geralmente nas periferias. Dizia-se que ele matava "por odiar marginais", embora depoimentos sugerissem que algumas execuções teriam sido motivadas pela aparência das vítimas. Ele agia, quase sempre em suas folgas, no bairro de Pedreira (região do Jabaquara, zona sul de São Paulo), e alguns moradores dizem que "no tempo dele não havia tanta insegurança". Comerciantes costumavam ser seus maiores "clientes". José Aparecido Benedito foi o único sobrevivente das chacinas de Cabo Bruno, depois de tomar um tiro, fingiu-se de morto e conseguiu escapar. Reportagens do jornalista Caco Barcellos tornaram o Cabo Bruno notório. Foi ele que cobriu a última prisão do criminoso para o Jornal Nacional. A maioria dos fuzilamentos de que foi acusado ocorreram em 1982, e os muitos corpos crivados de balas encontrados na região durante aquele ano causaram pânico. Os carros que ele usava (um Chevette, um Maverick e um Opala), cujas cores sempre era mudadas, ajudaram a criar sua fama. Ele foi preso pela primeira vez, em 22 de setembro de 1983, por determinação da Justiça, depois de ser acusado de mais de vinte assassinatos (sendo reconhecido por várias testemunhas), embora só tivesse confessado um, em 6 de fevereiro de 1982, na favela do Jardim Selma, em que foi denunciado por um amigo da vítima, que sobreviveu. Nessa época, a Polícia Militar de São Paulo estimava que Cabo Bruno e mais pelo menos doze policiais, incluindo dois oficiais (um capitão e um tenente), seriam os responsáveis por diversas execuções na Zona Sul da cidade. A polícia ainda divulgou que muitas das execuções teriam sido feitas com base apenas na aparência das vítimas, incluindo um rapaz morto por causa de uma pequena cruz que levava tatuada no pulso (para Cabo Bruno, qualquer tatuagem indicaria um criminoso, ainda que aquela especificamente tivesse sido feita por motivos religiosos). Quando as investigações começaram, o bando aparentemente era protegido por escalões mais altos, mas o avanço da coleta de pistas e provas fez com que toda a corporação passasse a colaborar. Depois de 12 julgamentos (em um deles, vários outros policiais compareceram ao tribunal para pressionar, mas as provas eram muitas), Cabo Bruno foi condenado a 113 anos de prisão. Depois de fugir três vezes, pela última vez em 30 de maio de 1991, atualmente encontra-se detido na Penitenciária Dr. José Augusto César Salgado, em Tremembé, São Paulo. Garante ter se convertido em evangélico e diz preferir não ser mais chamado de Cabo Bruno. Em 1998 foi realizada em São Paulo uma exposição de óleos sobre acrílico pintados por ele. Em julho de 2008, já capelão na capela ecumênica da penitenciária, casou-se lá com uma dona de casa que fazia trabalho voluntário. No seu trabalho como capelão, tem Lindemberg Alves (assassino de sua ex-namorada, Eloá Cristina Pimentel) como um de seus seguidores. No ano seguinte, após cumprir um sexto de sua pena, solicitou a conversão para o regime semiaberto. O Ministério Público Estadual pediu uma avaliação psicossocial criminológica, feita em duas etapas e com pareceres favoráveis à progressão de pena, que foi concedida em 19 de agosto. Apesar do regime semiaberto, ainda naquele ano foi-lhe negado o benefício de saídas temporárias, o que ele só poderá ter a partir de 2017, por causa do seu histórico de fugas.

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                         Roberto Maecelo Paiva Ramos .

Roberto Marcelo Paiva Ramos, de 36 anos, natural de Juiz de Fora, assassinou a turista paulista Adriana Chamie Nunes, no dia 29 de julho de 2006 em uma pousada em Arraial D’Ajuda, no município de Porto Seguro, no Extremo Sul da Bahia. Ele foi capturado por policiais da Delegacia da cidade de Prado, depois de se envolver numa briga quando participava de uma festa naquele município, e acabou confessando o homicídio praticado na presença de sua companheira, Rosângela Teixeira da Silva, que também está presa. Segundo o coordenador da 23ª Coordenadoria Regional de Polícia do Interior (Coorpin) delegado Moisés Nunes Damasceno, as investigações indicam que Roberto Paiva (que também usava os nomes de Alexandre Paiva Ramos, seu irmão mais novo, ou José Renato) cometeu outros crimes na Bahia, um deles em 1997, em Eunápolis. Foragido do Presídio de Minas Gerais, onde cumpria pena por homicídio, Roberto Paiva estava com mandado de prisão expedido pela Justiça daquele estado. Ali, ele teria cometido pelo menos seis assassinatos, na sua maioria mulheres, todos com requintes de perversidade, inspirado no filme “Rejeitado pelo Diabo”, que mostra a história de um serial killer. Ao ser interrogado, Roberto Paiva disse que matou a turista a pedido de Rosângela, que estava com ciúmes dela. Os dois estão presos em Porto Seguro. “Esse homem (Roberto) é um psicopata. Ele sente prazer de ver a vítima sentir dor, sofrer até a morte”, afirmou o delegado Moisés, acrescentando que, no caso da turista paulista, ele a estrangulou com um fio elétrico e ainda lhe aplicou golpes de porrete na cabeça. A Polícia suspeita que a próxima vítima de Roberto Paiva seria a dona da pousada, onde ele estava hospedado quando cometeu o crime. Preso no mês de agosto Roberto fugiu do Complexo Policial de Porto Seguro no início de dezembro de 2006. A Polícia Civil de Eunápolis montou uma grande operação no centro da cidade, na manhã de 29 de dezembro e recapturou Roberto. O criminoso foi detido nas proximidades da Praça da Bandeira, em companhia de uma menina menor de idade. De acordo com informações do delegado Moisés Damasceno, Roberto estava montando um grupo para invadir a delegacia de Porto Seguro e resgatar a sua mulher Rosângela Teixeira da Silva, de 21 anos. Ela foi presa junto com ele, na mesma ocasiã, em Arraial d'Ajuda. Em seu depoimento, Rosangela entregou à policia, o assassinato que ele Roberto, arquitetou e executou em Arraial. Segundo Rosangela ela estava com Roberto, quando ele viu uma mulher sendo ameaçada por traficantes em Arraial, e interviu dando o seu relógio como garantia de uma dívida de R$ 10 reais, objeto que a sua futura vítima recuperou e entregou a Roberto. Haviam fotos da vitima Adriana Chamie Nunes e seu filho pequeno numa piscina, tempos depois de alguns desentendimentos, Adriana acabou sendo esquartejada por Roberto e com conhecimento de Rosangela, sendo que enquanto tramava a o assassinato, Roberto ao ir na casa de Adriana buscar alguns objetos deixou Rosangela amarrada e amordaçada onde estavam vivendo, que é um pousada na Estrada da balsa 1060 de propriedade de Bráulio Robson Araújo. Na galeria de fotos, fotos seqüenciais do esquartejamento. Rosângela, natural de Macaé no Rio de Janeiro na época tinha 21 anos, foi casada no Rio de janeiro com Lourival Ribeiro da CNOP, e depois de ter deixado o marido acabou se unindo a Roberto a quem conhecera tempos antes de ir com ele para a Bahia. Reportagem 1 Reportagem 2
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               FORTUNATO BOTTON NETO – O Maníaco do Trianon
Número de vítimas: 7 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1986 a 1989



Fortunato Botton Neto era um homossexual que se prostituia nas imediações do Parque Tenente Siqueira Campos, próximo da Avenida Paulista. Acreditasse que tenha assassinado 13 de seus clientes, todos homens, entre 1986 e 1989. Após ir ao local combinado ele embriagava suas vítimas, amarrava os tornozelos e os pulsos, amordaçava e matava por estrangulamento, golpes de faca ou chave de fenda. Ele também pisoteou o peito e o abdômen de alguns até que os órgãos saíssem pela boca, nariz e ânus. Após o “serviço” ele roubava dinheiro e objetos de valor. Foi condenado apenas por 3 das mortes que confessou, mas acabou morrendo em fevereiro de 1997 devido a uma broncopneumonia decorrente da AIDS. 


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Francisco de Assis Pereira – O Maníaco do Parque
Número de vítimas: 7 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1997 a 1998

Em 5 de julho de 1998, a polícia de São Paulo encontrava os primeiros corpos que a levariam a suspeitar de que um serial killer estava à solta. Eram quatro cadáveres de mulheres estranguladas, todos despidos - na verdade, um só de calcinha - de bruços e com as pernas afastadas, posição típica de vítimas de estupro. Todos encontrados, de uma só vez, no Parque do Estado, uma reserva florestal de 550 hectares na Zona Sul de São Paulo, na divisa com o município de Diadema. Como peças de um quebra-cabeça, esses corpos se somariam a outros dois achados, isoladamente, em janeiro e maio daquele ano, quando ainda não se suspeitava de que um maníaco estivesse em ação. Mais dois corpos foram localizados no dia 28 de julho de 1998.Vasculhando os arquivos da delegacia da região, a 97º DP, investigadores da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) descobriram três casos de tentativas de estupro entre maio de 1996 e dezembro de 1997 no parque. As três mulheres que conseguiram escapar do ataque ajudaram a polícia a fazer um retrato falado daquele que se tornaria o principal e único suspeito dos crimes. O maníaco convencia suas vítimas a ir espontaneamente com ele até o parque.Uma denúncia anônima levou ao nome do suspeito. Francisco de Assis Pereira, de 31 anos, morava em Santo André, no ABC Paulista, e, até fugir, trabalhava como entregador (motoboy). No início de 1998, ele tinha sido investigado pelo desaparecimento de uma namorada. O sumiço até hoje não foi esclarecido. Em 1995 o motoboy chegou a ser preso por tentativa de estupro em São José do Rio Preto, mas pagou fiança e foi libertado. A primeira prova material contra Francisco foi obtida no dia 24 de julho de 1998: a identidade de uma das vítimas do parque foi achada num vaso sanitário entupido da empresa em que o entregador trabalhava. Várias mulheres reconheceram no retrato falado o rosto do homem que as atacou. Durante a sua fuga, Francisco foi visto em Ponta Porã (MS) e suspeitou-se de que ele tivesse passado pelo Rio de Janeiro. Fotos suas chegaram a ser espalhadas nos principais parques da cidade.O motoboy Francisco de Assis Pereira foi preso às 20h15m do dia 4 de agosto de 1998 na cidade gaúcha de Itaqui, perto de Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Francisco foi preso pela Brigada Militar quando tomava banho na pensão do pescador João Carlos Dornelles Vila Verde. A mulher do pescador, que reconhecera o suspeito, foi quem chamou a polícia. Apesar de não ter resistido à prisão, o Maníaco negou ser o autor dos crimes. Disse na delegacia de Itaqui que esteve escondido, antes, na Argentina, tendo ido até a Buenos Aires. Francisco chegou à casa do pescador no início da noite, pedindo para tomar um banho. Segundo a mulher do pescador, ele estava na região, pescando no Rio Uruguai, já fazia uma semana. O suspeito, que usava cavanhaque, pediu para tomar um banho afirmando que atravessaria o Rio Uruguai de balsa para se encontrar com uma namorada na cidade argentina de Alvear, de dez mil habitantes.Disse que queria encontrar a namorada "limpo e cheiroso". A mulher do pescador atendeu ao pedido, mas, desconfiada, pediu ao filho mais novo que revistasse os pertences do inesperado hóspede. Ela contou à polícia ter desconfiado dele por causa da semelhança entre o visitante e as fotos que vira na TV. Nos pertences de Francisco, ela encontrou a identidade e fotos de mulheres. O cabo Jesus Laciri de Lima Carneiro, que atendeu ao telefonema, seguiu para a casa do pescador com mais três policiais. Dentro da mochila do suspeito foram achadas passagens de ônibus de duas empresas do Oeste do Paraná, o que confirma a suspeita da polícia paulista de que ele tinha passado por aquele estado em direção ao Sul. Após ser preso, o motoboy se manteve calmo. Ele contou à polícia que, do Paraná, pegou carona num caminhão até o Rio Grande do Sul, seguindo depois para a Argentina. Francisco disse que teve de sair de Buenos Aires, onde estava com uma mulher, "porque seu visto estava vencido" (na verdade, a Argentina não exige passaporte de brasileiros). Ele não deu informações sobre essa mulher. A notícia da prisão encheu de curiosos a rua da pequena delegacia de Itaqui, cidade de 30 mil habitantes. O motoboy Francisco de Assis Pereira agia de forma dissimulada e cruel: abordava as mulheres na rua e as convidava a irem até o Parque da Cidade, para que supostamente posassem como modelo em fotos para propaganda de cosméticos. Lá, ele estuprava e matava as vítimas. Após ser capturado pela polícia, o que mais impressionou as autoridades foi como alguém feio, pobre, sem muita instrução, não portando revólver ou faca, conseguiu convencer nove mulheres, algumas até de classe média-alta e nível universitário, a subir na garupa de uma moto e ir para o meio do mato com um homem que tinham acabado de conhecer. Ao ser interrogado, o Maníaco do Parque relatou que, para isso, bastava falar aquilo que as mulheres queriam ouvir. Francisco cobria todas de elogios, se identificava como um fotógrafo de moda de uma revista importante procurando novos talentos, oferecia um bom cachê e convidava as moças para uma sessão de fotos em um ambiente ecológico. Dizia que era uma oportunidade única, algo predestinado, que não poderia ser desperdiçado. Nos nove primeiros dias de prisão, ele ficou trancado numa cela no Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em São Paulo, sendo transferido para a Casa de Custódia de Taubaté por questão de segurança. No dia da transferência, em agosto de 1998, mais de 200 pessoas tentaram linchá-lo. Em setembro de 1999, o Maníaco do Parque foi condenado a 121 anos de prisão, pelo estupro de uma mulher e violência sexual e roubo contra outras dez, além de atentado ao pudor. Com essa pena, os demais julgamentos a que ele foi submetido pelo assassinato de outras nove mulheres foram apenas simbólicos, pois ele já foi condenado a uma pena superior à do tempo màximo de cadeia permitido pela legislação brasileira, que é de 30 anos. Em todos os julgamentos a que foi submetido, o Maníaco, que confessou ter matado 11 mulheres - embora só nove corpos tenham sido encontrados - afirmou que matou por "inspiração maligna". Os debates entre acusação e defesa tiveram como pauta a saúde mental do réu e sobre sua consciência de estar cometendo um crime. Enquanto esteve preso no presídio de Taubaté, que abrigava os criminosos mais perigosos do Estado de São Paulo, Francisco chegou a ser dado como morto numa rebelião de presos ocorrida em dezembro de 2000. Mas, após uma série de desencontros, a direção da unidade confirmou que o motoboy, jurado de morte pelos outros presos, estava vivo.
Biografia Parte 1 Parte 2 Parte 3 Parte 4
Reportagem 1 Reportagem 2 Reportagem 3 Reportagem 4
Os livros "Caçada ao Maníaco do Parque", de Luísa Alcade e Luís Carlos dos Santos e
O Julgamento de um Serial Killer (O caso do maníaco do parque), de Edilson Mougenot Bonfim são baseados nesses acontecimentos.

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               PAULO SÉRGIO GUIMARÃES – O maníaco de novo Hamburgo .
Número de vítimas: 7
Local dos crimes: Rio Grande do Sul
Período: 1998



Entre dezembro de 1998 e março de 1999, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por "Titica", atacou quatro casais, o que resultou na morte de sete pessoas e deixou tetraplégica uma menina de 14 anos.
Depois que "Titica" começou a agir, os moradores da praia do Cassino, onde aconteceram três dos quatro crimes, tiveram suas rotinas modificadas devido à série de assassinatos.No dia 12 de dezembro de 1998, o casal de namorados Felipe Santos, de 19 anos e Bárbara da Silva, de 22 anos, foi encontrado morto a tiros ao lado do carro estacionado à beira mar. Começava aí uma série de sete assassinatos que abalou a praia do Cassino, na cidade de Rio Grande, RS, no verão 1998-1999 e se estendeu até a prisão do réu confesso, o pescador Paulo Sérgio Guimarães da Silva, conhecido por "Titica", em 1º de maio de 1999. O segundo casal assassinado, Anamaria Soares, de 31 anos e Márcio Olinto, de 30 anos, foi encontrado no dia 10 de março, na Praia do Totó, na cidade de Pelotas, distante cerca de 60 quilômetros de Rio Grande. Na ocasião, a polícia divulgou que mais de uma pessoa teria cometido os assassinatos devido às provas coletadas no local do crime.Petrick de Almeida, de 18 anos, e Brenda Graebin, de 14 anos, foram o terceiro casal a ser atacado no dia 20 de março, na praia do Cassino. Ele morreu no local e a adolescente, que levou um tiro na nuca, ficou tetraplégica.O quarto casal, Silvio Ibias, de 36 anos e Adriana Simões, de 28 anos, foi morto na madrugada do dia 26 de março, também na praia do Cassino.Treze pessoas foram detidas pelos crimes antes de "Titica" confessá-los.


Maníaco de Novo Hamburgo .

Um adolescente 'serial killer' gaúcho de 16 anos confessou em Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre, ter cometido 12 assassinatos, desde o final de 2007. O último foi do comerciante Elucio Miranda Ramires, 39 anos, no bairro Canudos, um dos mais violentos da cidade, segundo relato do titular da 4ª Delegacia de Polícia (DP), Enizaldo José Plentz: "Ele disse que se vingou da vítima por ter levado um tapa na orelha. Por isso, matou o homem com 20 tiros usando duas armas; um revólver que carregou duas vezes, além de uma pistola". Seis dos 12 casos já foram confirmados pela polícia e tiveram relação com ele. Conforme o delegado Plentz, ele confessou os crimes sem qualquer arrependimento: "A frieza dele era de assustar. Além disso, também falou que vai matar mais três pessoas. Tudo na maior naturalidade". A violência do adolescente gaúcho tem um histórico familiar. Sua mãe, de 32 anos, que na época estava em liberdade provisória por tráfico de drogas não quis revelar sua identidade, disse apenas uma frase em relação aos crimes cometidos pelo filho: "Está certo que não fui uma boa mãe, mas nunca ensinei meu filho a fazer isto que ele fez". O jovem também tem quatro tios, irmãos de sua mãe, que estão presos pelos mais variados crimes."Com esse antecedente familiar, sem qualquer tipo de orientação, ele descambou para a violência. E não mostra o mínimo rancor ao confessar os crimes, todos eles por motivos fúteis", acrescentou o delegado Plentz. Ainda segundo informações de policiais da 4ª DP e do próprio delegado, o rapaz, muito bem articulado, disse, no seu depoimento, que tudo o que fez tinha uma razão: "Nunca tirei vida de gente inocente. Quem morreu tinha seus motivos para isso".

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                 LAERTE PATROCÍNIO ORPINELLI  – O Andarilho de Rio Claro
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1996 a 1997

O andarilho Laerte Patrocínio Orpinelli, 47 anos, despertava compaixão dos moradores da cidade de Rio Claro, no interior de São Paulo, e em dezenas de cidades daquela região pelas quais costumava perambular. Maltrapilho, cabelos desgrenhados, ele carregava uma sacola de plástico nas mãos com algumas mudas de roupa mal-cheirosas. A aparente fragilidade e a simpatia quase subserviente conquistavam as pessoas que, penalizadas, decidiam ajudá-lo. Hoje, Laerte desperta ódio e perplexidade. Friamente, confessou 11 assassinatos de crianças, entre quatro e dez anos. Duas outras mortes foram confessadas informalmente à polícia. O "Monstro de Rio Claro", como passou a ser conhecido, gostava de registrar num pequeno caderno o dia e a cidade por onde passava. A partir das anotações encontradas, a polícia elaborou um banco de dados que registra a rota macabra de 26 cidades e 96 crianças desaparecidas. O andarilho da morte faz questão de dizer que tem profissão: é engraxador de portas de estabelecimentos comerciais. Laerte foi preso no município de Leme,a polícia ficou meses atrás dele. Com o antigo argumento de dar balinhas e doces às crianças ele conquistava a atenção delas. Abusava sexualmente, batia e matava. Jéssica Alves Martins, nove anos, foi uma das que cruzou a rota da morte de Laerte em 21 de novembro de 1999. Há registro da passagem de Laerte pelo albergue do município. Dois dias depois, o corpo dela foi encontrado. Em datas e locais diferentes, tiveram o mesmo fim trágico e violento Daniela Regina de Oliveira Jorge, cinco anos; Alyson Maurício Nicolau Cristo, seis anos; José Fernando de Oliveira, nove anos; Osmarina Pereira Barbosa, dez anos; Aline dos Santos Siqueira, oito anos; e Anderson Jonas da Silva, seis anos. O comportamento estranho de Laerte, sétimo filho de uma família de oito irmãos, todos nascidos em Araras, começou cedo, com quase a mesma idade de suas vítimas. Ele cursava o terceiro ano primário e chamou a atenção de uma professora pelo estranho comportamento. Mal falava, brincava sozinho e tinha péssimo rendimento escolar. Não conseguia passar de ano e abandonou os estudos. Nessa mesma época, deu sinais de que no futuro iria pôr o pé na estrada. Ficou uma semana fora de casa, sem dar satisfação aos pais. Para chamar a atenção da família, batia latas no quintal. Essas atitudes irritavam a mãe, Eliza, que, numa tentativa desesperada de contê-lo, o amarrava com pedaços de trapos na beirada da cama ou ao pé da mesa. Aos 16 anos, inaugurou uma série de internações na clínica psiquiátrica Sayão. Certa vez ficou cinco anos direto em tratamento. Às vezes resolvia dar um tempo por conta própria e fugia. Segundo o diretor da Sayão, José Carlos Naitzke, a família o internava alegando que ele tinha problemas de alcoolismo. Segundo um dos sobrinhos que preferiu não se identificar, três dos quatro irmãos homens foram aposentados por alcoolismo. O comportamento arredio e estranho de Laerte foi se potencializando pela crônica desunião da família. Depois que se casaram, os irmãos nunca passaram um Natal juntos. O sobrinho disse que e vez em quando ele fazia coisas sem nexo como pedir para a minha mãe que escrevesse cinco cartas para uma mesma pessoa. Segundo o rapaz, o tio tinha um comportamento infantil. Uma vez ele disse ter o visto em casa com um brinquedinho, dai pediu para ver e ele disse que não, que era dele. Embora com dificuldades de se relacionar com as pessoas, Laerte teve uma namorada. Sidney Aparecida Martins, 62 anos, que conheceu o andarilho em 1983 e chegou a viver com ele por dois anos e meio. Sidney conta que o maníaco era agressivo. Eles dormiam em quartos separados e moravam na casa dela, onde foram encontradas duas ossadas de crianças mortas por Laerte. Ela disse que ele ficava agitado, saía de manhã e só voltava à noite. Nunca via dinheiro com ele, sabia que era alcoólatra, mas desconhecia o fato de ele ter problemas psiquiátricos.

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                JOSÉ VICENTE MATIAS  – Corumbá
Número de vítimas: 6 ou mais
Local dos crimes: Goiás e Maranhão
Período: 2000
José Vicente Matias, o "Corumbá", nascido em 1967 em Firminópolis, Goiânia, é um ex-artesão que foi preso por assassinar e esquartejar seis mulheres após ter feito sexo com elas. Os crimes aconteceram entre 1999 e 2005. Além de matar, "Corumbá" praticou também canibalismo com os restos mortais das vítimas, ingerindo sangue e pedaços cerebrais das mesmas. Quando pequeno, na cidade de Firminópolis, Corumbá viu seus pais se separarem, a mãe abandonar o lar, viveu por conta própria, e descobriu que sua mãe havia se tornado dona de prostíbulo. José Vicente Matias viajava por vários municípios do país vendendo pulseiras, brincos, colares e outros produtos artesanais. Em algumas cidades, se identificava como “Pedro”, e em outras como “Corumbá”. Uma equipe de oito policiais maranhenses, chefiada pelos delegados Paulo Márcio Tavares da Silva e Marco Antonio Rangel de Pinho, especialmente enviada de São Luís pelo secretário de Segurança Raimundo Cutrim, prendeu o “hippie” José Vicente Matias. Matias foi preso no centro da cidade de Bragança, a 210 km de Belém. Ele estava num casarão abandonado, freqüentado por artesãos e andarilhos. Os policiais maranhenses fizeram o cerco na casa – apoiados pela polícia de Bragança - e “Corumbá” se entregou, sem oferecer resistência. Ele foi transferido para a delegacia de polícia local. Interrogado, Matias confessou os assassinatos. Nos depoimentos, "Corumbá" entrou em diversas contradições. Por vezes, mencionou sofrer "influências" do Diabo, que teria sussurrado em seu ouvido a suposta missão de matar sete mulheres. Alegou também, como sendo motivos para seus crimes, xenofobia e chacotas sofridas por sua impotência sexual. "Corumbá" já possuía passagens pela polícia por estupro e atentado violento ao pudor. Suas seis vítimas fatais foram: a turista espanhola Núria Fernandes, de 27 anos, foi morta a pauladas na cabeça. Teve pedaços do cérebro e sangue ingeridos após ritual de dança em Alcântara (MA), 2005; a turista alemã Maryanne Kern, de 49 anos, morta no Maranhão e encontrada numa cova rasa. Ribeirinhas (MA), 2005; a russo-israelense Katryn Rakitov, 29 anos. Pirenópolis (GO), 2004; a goiana Lidiane Vieira de Melo, 16 anos, passou um dia e meio amarrada enquanto Corumbá chupava o seu sangue. Depois, foi esquartejada. Goiânia (GO), 2004; a baiana Simone Lima Pinho, 26 anos, teve seu corpo jogado em crateras de garimpo e posteriormente coberto com pedras. Lençóis (BA), 2000; a mineira Natália Canhas Carneiro, 15. Três Marias (MG), 1999. O jornal goiano “O Popular” localizou a dona de casa Valéria Augusta Veloso, de 37 anos, a goiana que policiais maranhenses suspeitavam que tivesse sido a primeira mulher a ser assassinada pelo acusado. Ela reside na Região Leste de Goiânia com o marido, o operário Constâncio Pereira da Silva, e com os três filhos menores, mas há cerca de quatro anos teve um envolvimento afetivo conturbado com o artesão, marcado por agressões e muitas idas e vindas. Ela chegou a ser vista com ele em Barreirinhas (MA), na região dos Lençóis Maranhenses, a cerca de 350 quilômetros de São Luís, alguns dias antes de a alemã Marianne Kern, 49, ter sido encontrada morta. Por esse motivo, a equipe de policiais coordenada pelo delegado regional de Rosário (MA), José Maria Melônio Filho, acreditava que Valéria Augusta também tivesse sido assassinada. A alemã Marianne Kern foi morta com pancadas na cabeça. De acordo com o delegado José Melônio, os golpes foram tão fortes que o rosto dela ficou desfigurado e o queixo, deslocado. O corpo da turista foi encontrado em adiantado estado de decomposição, enterrado em uma cova rasa, em uma praia de Barreirinhas. Durante as investigações, os policiais constataram que a mulher estivera alguns dias com o artesão, identificado como “Pedro”. A partir de então, o artesão passou a ser procurado como suspeito do crime. Os policiais obtiveram a informação de que o suspeito havia se hospedado em uma pousada em São Luís, na rua do Sol. Nesse local, testemunhas disseram que ele havia ido para a cidade de Alcântara, a 10 quilômetros de São Luís. Os policiais se dirigiram para Alcântara e descobriram que o artesão seguiu para a Praia de Itatinga, com a espanhola Nuria Fernandez Collada. Os investigadores descobriram que José Matias retornara sozinho para Alcântara, o que os levou a admitir a possibilidade de que a espanhola pudesse estar morta. A suspeita confirmou-se no dia 24. O cadáver de Nuria Collada, também assassinada com golpes na cabeça e no tórax, foi encontrado enterrado em uma cova, já em estado de putrefação. O fato de os dois crimes terem sido cometidos da mesma forma reforçou a suspeita do envolvimento dele. Segundo o delegado, em Alcântara o artesão preferiu ser chamado por “Corumbá”. Na sexta-feira, Kelson Nunes Campos foi preso em Santa Inês. Ele estava com um cartão magnético de Marianne Kern. De acordo com a polícia, Kelson havia sacado R$ 1,1 mil da conta da turista alemã e efetuado compras com o cartão de crédito dela, no valor de R$ 600. Kelson confessou que recebeu o cartão de um homem com as características de Corumbá. Corumbá revelou que também matou, com uma pedrada na cabeça, a turista israelense Katryn Rakitov, com quem teve um caso, em abril de 2004, em Pirenópolis-Goiás. Corumbá, a princípio, tentou passar a versão de que a morte de Katryn, conhecida por Catarina, teria sido um acidente. Contou que os dois se dirigiram para a Cachoeira da Andorinha, no município de Pirenópolis, seguindo por uma trilha deserta. No local, segundo Corumbá, eles banharam, fizeram amor na água e depois foram para um local mais distante, frequentado por banhistas. "Lá tem uma pedra de onde as pessoas pulam na água, a Pequena, como eu a chamava carinhosamente, bateu com a cabeça em uma pedra e desmaiou. Carreguei ela por cerca de dois quilômetros em busca de socorro, mas foi em vão. Chorando e falando baixo, Corumbá continuou a narrativa, porém, sem admitir o assassinato. "Quando vi que ela estava sofrendo muito e que não tinha mais condições de carregá-la, a coloquei no chão e conversei com ela, mesmo desmaiada. Pequena, eu vou te deixar aqui, mas prometo voltar qualquer dia. Em seguida dei uma pedrada na testa dela e depois cobri o corpo, porque ela já estava morta", falou o hippie. "Foi mesmo um acidente, eu não a matei, apenas impedi que ela ficasse sofrendo por mais tempo", concluiu. Em relação a Lidiayne, Corumbá disse que eles se conheceram um mês antes do crime. Ao se reencontrarem, no dia 19 de janeiro, resolveram, de comum acordo, se dirigirem a um cômodo alugado por ele, na Vila Mutirão II, onde beberam cerveja e fumaram maconha durante toda a noite e no decorrer do dia seguinte. "Ao anoitecer, já nos últimos minutos daquele dia, afirma o denunciado (Corumbá) que recebeu uma ordem sobrenatural para deitar a garota no chão, colocá-la em posição de cruz e cortá-la em tal posição", relatou o promotor Abrão Amisy Neto, afirmando que, depois de acender velas pela casa, em suposto ritual, o réu se aproveitou da fragilidade física da vítima e de ela ter ingerido bebida alcoólica, e asfixiou Lidiayne, matando-a por estrangulamento. Em seguida, de acordo ainda com o MP, Corumbá decapitou a vítima e tentou esquartejá-la, não tendo, contudo, alcançado êxito neste ponto. Em seguida, o artesão colocou a cabeça da garota em uma sacola de plástico. Quanto ao restante do corpo, amarrou as mãos e os pés e envolveu-os em uma colcha. Feito isso, acomodou tudo em um carrinho de mão e transportou o corpo da vítima até um matagal localizado nas proximidades, onde deixou a cabeça da menina e, posteriormente, lançou o corpo nas águas do Córrego Fundo. Simone Lima Pinho, de 26 anos, desapareceu em 16 de junho de 2000, quando passava o São João em Lençóis, na Chapada Diamantina. Durante viagem à cidade de Lençóis, José Vicente Matias, matou a hippie e artesã. Ele indicou a policia o local exato onde jogou seu corpo, nas proximidades de um córrego cheio de pedras e a polícia conseguiu identificar os restos mortais da hippie e artesã assassinada em junho de 2000 a pauladas e pedradas. Natália Canhas Carneiro, de 15 anos, foi seduzida por Corumbá antes de ser morta. Essa foi sua primeira vítima. O maníaco contou também que matou a jovem com um pedrada. Ele teria escondido o corpo sob galhos de árvores. A vida de Valéria Augusta Veloso, de 37 anos, passou por profundas alterações a partir de meados de 2002, quando conheceu José Vicente Matias. Ela conta que estava separada do marido, o operário Constâncio Pereira da Silva, que ficara com a guarda dos três filhos menores. Para manter-se, passou a vender sanduíches naturais em uma feira de artesanato instalada aos domingos na Praça Universitária. Em seguida, a dona de casa conheceu o artesão e, conforme disse apaixonou-se por ele. Dias depois, vendeu os móveis da casa para acompanhá-lo. Nos últimos quatro anos, segundo conta, viajou para vários municípios de São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Bahia, Piauí e Maranhão. “Eu queria ser a mulher dele, mas confesso que ficava muito preocupada com os meus três filhos. Por isso, voltei cinco ou seis vezes para casa”, revela. A última e talvez a mais aterrorizadora viagem que fez na companhia de José Matias teve início em dezembro do ano passado. Segundo relatos de Valéria Augusta, o artesão constantemente a xingava e fazia-lhe ameaças. “Ele dizia que ia me acertar, que jogaria alguma coisa contra mim”, denuncia. Valéria Augusta conta que o companheiro escondeu seus documentos para que ela não fosse embora. Em meados de março, com medo de permanecer ao lado do artesão, ela decidiu fugir. Telefonou para o marido, em Goiânia, e pediu apoio financeiro. Para escapar, contou com a ajuda de um casal de hippies que também estava em Barreirinhas (MA). Valéria Augusta disse que fugiu descalça, apenas com a roupa que usava. Corumbá em 2005 pegou 23 anos pelo assassinato e ocultação de cadáver de Lidiayne. Ele ainda aguarda julgamento pelos demais casos.

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                      Jairo Francisco Franco .

Entre julho de 2007 e março de 2009, 14 pessoas foram mortas na região do Parque dos Paturis, em Carapicuíba, Grande São Paulo. O último caso foi registrado no dia 13 de março. Assim como em outros casos na área sob investigação, Ivanildo Francisco de Sales Neto foi encontrado com as calças abaixadas, o que caracterizaria um crime de intolerância à orientação sexual. Dos 14 assassinatos, em dois deles a arma utilizada foi uma pedra. As outras vítimas foram mortas com tiros de pistola 9 milímetros. Os tiros foram disparados, na maioria das vezes, na nuca. A maioria dos corpos também foi encontrada de bruços e as vítimas estavam seminuas, com a calça abaixada. Em 12 de fevereiro do ano passado, Ângelo Magalhães, de 34 anos, foi encontrado morto a pauladas. Os demais foram baleados. Parte das famílias contesta a versão do delegado de que as vítimas foram assassinadas no parque porque eram homossexuais. A auxiliar de creche Claudenice Moreira Lopes, 28 anos, afirmou que era casada havia oito anos com José Cícero Henrique, 32 anos. Ele foi a primeira vítima encontrada morta no parque, em 4 de julho de 2007. Segundo Claudenice, seu marido não era gay: "Meu marido era mecânico da Prefeitura de Carapicuíba e apenas costumava passar por esse local", argumentou a auxiliar de creche. A Polícia Civil de Carapicuíba, deteve em dezembro de 2008 o sargento aposentado da Polícia Militar Jairo Francisco Franco, acusado de participar de até então 13 assassinatos no Parque Paturis. O sargento, que seria o "maníaco do arco íris" (apelido dado pela imprensa em alusão a bandeira do movimento dos homossexuais), estava fora da corporação desde 1990 e trabalhou em batalhões de Carapicuíba e Osasco. Nesse último município o policial também é suspeito de ter cometido outros dois crimes, um deles contra um homossexual. O delegado seccional de Carapicuíba, Paulo Fernando Fortunato, disse que duas testemunhas "chaves" surgiram espontaneamente na delegacia para ajudar na descrição do assassino. Segundo o delegado, essas duas pessoas presenciaram uma das últimas mortes ocorridas no parque e foram fundamentais para a prisão do acusado. Foi o delegado Fortunato quem percebeu a ligação entre as mortes de Osasco e de Carapicuíba. Por meio de investigações, ele conseguiu saber que o policial aposentado andava freqüentando o Parque Paturis, que durante à noite atrai gays de diversos pontos da capital e da Grande São Paulo. Das 13 vítimas assassinadas, a maioria era homossexual, de origem humilde e foram encontradas com as calças abaixo do joelho, de costas e com um tiro na cabeça.De acordo com o delegado, o assassino atraia a vítima simulando a intenção de ter relações sexuais com elas e antes que isso acontecesse, ele atirava. Jairo Francisco Franco foi reconheci por uma testemunha, que fez o retrato falado. Além disso, há fortes evidências dele ser o assassino do travesti Pamela Peixoto, 27 anos, nascida Pedro João Itavan Peixoto, achado morto em Osasco com um tiro na cabeça em outubro de 2007. Segundo o delegado, ele não foi pego em flagrante, mas esteve com o travesti em um motel e há registro do seu documento na portaria do local. Duas testemunhas afirmaram à polícia que viram o sargento e a travesti entrando juntos no hotel, supostamente para um programa. Jairo trabalhou até julho deste ano no 14º Batalhão da PM, em Osasco. Ele está sendo investigado, também pela Corregedoria da PM e pela Polícia Civil, por ser suspeito de integrar um famoso grupo de extermínio formado por policiais militares de Osasco chamado de "Eu Sou a Morte". O comando da PM ainda não se pronunciou sobre o caso. As vitimas do Parque dos Paturis foram: José Cícero Henrique, de 32 anos, é morto. Era mecânico e estava casado havia 8 anos; José Adilson Pereira, de 58 anos. Era pedreiro e tinha filhos e netos; Ubiratan Santos Souza, de 35 anos. Morava em Osasco, na Grande São Paulo; José Carlos Raphael, de 43 anos. Morava em Osasco e era solteiro; Junior Ferreira da Silva, de 34 anos. Chegou ao parque em uma Honda CG; Anderson da Silva, de 26 anos. Chegou ao local a pé; Raimundo Francisco, de 35 anos. Era de Piauí e foi até o parque de bicicleta; Angelo Magalhães, de 34 anos. Foi o único morto a pauladas; Antonio Figueira, de 35 anos. Chegou ao parque de carro; Paulo Henrique Costa, de 29 anos. Era solteiro e frequentava o local; Silvan Souza, de 29 anos. Era de Carapicuíba e solteiro; Miguel Gonçalves, de 47 anos. Chegou ao local de Fiat Uno; Vítima não identificada. Foi morta a tiros e não teve a identidade divulgada e Ivanildo Francisco de Sales Neto, de 25 anos, tinha sinais de agressão a pauladas.

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João Acácio Pereira da Costa
Número de vítimas: 4 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: década de 1960

João Acácio Pereira da Costa, o "Bandido da Luz Vermelha" nascido em Joinville, SC em 24 de junho de 1942, era pobre e, aos 8 anos de idade, perdeu o pai, tuberculoso. Sua mãe desapareceu pouco depois com dois filhos. Eram quatro irmãos. Ele e o mais velho foram deixados com o tio. Estudou até o 3º ano primário. Aos 17 anos, semi-analfabeto, já era conhecido nos meios policiais da cidade por ter furtado mais de trinta bicicletas. Foi preso aos 18 anos, por roubar um jipe. Fugiu da cadeia em 1963 e se instalou em São Paulo. Chegou em São Paulo ainda na adolescência, fugindo dos furtos que praticara em Santa Catarina. Foi morar em Santos, onde se dizia filho de fazendeiros e bom moço. Na verdade, levava uma vida pacata no lugar que escolheu pra morar, praticando seus crimes em São Paulo e voltando incólume para Santos.Sem documentos, não poderia trabalhar mesmo que tivesse vontade e continuou vivendo entre marginais. Sua especialidade era assaltar mansões. Numa época em que alarmes eram raridade, usava macaco de automóvel para arrombar as grades, desligava a chave geral de energia elétrica e escalava com a lanterna na mão. Durante quinze meses entre 1966 e 1967, praticou 141 crimes, todos confessados. Destes, 120 são atribuídos pela polícia ao Homem-Macaco, seu primeiro apelido. O Bandido da Luz Vermelha nasceu no final de sua curta carreira. Numa noite, entrou em uma casa em Higienópolis, bairro nobre de São Paulo, onde a dona e a empregada dormiam. Acácio as acordou e pediu que abrissem o cofre. Até então, assaltava sem interromper o sono das vítimas. Pegou dinheiro, jóias e, na saída, beijou a mão das mulheres. No dia seguinte, deliciou-se com as manchetes. "Assalto à americana", dizia uma delas. Na reportagem, era chamado de Bandido da Luz Vermelha, a tradução para o português do pseudônimo de Caryl Chessman, condenado na Califórnia em 1948 à câmara de gás, por crime sexual e seqüestro, e executado em 1960. O original se destacava pela inteligência fez sua própria defesa no tribunal e se tornou conhecido como o símbolo contra a pena de morte, abolida na Califórnia doze anos depois de sua execução. Acácio aprovou a comparação e comprou uma lâmpada vermelha para sua lanterna. "Eles gostaram, me deram a idéia e eu repeti. Fiz outros assaltos assim. Os jornais mesmo é que me deram a idéia de ser o Luz Vermelha", disse em 1968, em uma entrevista para o jornal Última Hora. Luz Vermelha era apresentado como mulherengo, galanteador, de personalidade violenta, que roubava para praticar orgias em Santos. A realidade era diferente. O homem a quem vendia o que roubava, Walter Alves de Oliveira, o "Caboré", era seu parceiro amoroso. Acácio foi abandonado pelo cúmplice. Um promotor que acompanhava a rotina dos presos na cadeia relata que Luz Vermelha ignorou as centenas de cartas de mulheres com proposta de namoro. Casou-se com o cozinheiro Bernardino Marques, que cumpria pena por ter matado a sogra. Quando o cozinheiro deixou a prisão, Acácio não teve outros relacionamentos, mergulhando num ciclo de surtos psicóticos, e chegou a ser internado no manicômio judiciário. Acácio gostava do que lia nos noticiários e alimentou o mito. Em junho de 1967, matou um empresário em São Paulo apenas para desmentir uma versão da polícia, que havia prendido um homem e o apresentara como o Bandido da Luz Vermelha. Em depoimento à Segunda Vara do Júri, contou que estava em Santos quando soube da falsa notícia pela televisão, viajou para a capital e foi até a casa de um industrial, John Szaraspatak, e o matou na frente do filho. À medida que a cobertura dos jornais se intensificava, ele tornava-se mais violento. No auge da fama, ele assaltou um sobrado no Ipiranga. A vítima, que sobreviveu por milagre, entrou em pânico quando soube que o bandido deixaria a prisão. Quando preso, Luz Vermelha chegou a dizer que mataria essa pessoa um dia. Hoje ela tem 52 anos e três filhos. Sua irmã conta que Luz Vermelha matou o guarda-noturno e entrou na casa, onde a vítima se encontrava com a empregada. Subiu ao seu quarto e a acordou com a lanterna. Queria dinheiro. Levou a garota para baixo e deu-lhe dois socos. Mesmo zonza, ela conseguiu pegar um cinzeiro e atirar no algoz, que teve o nariz quebrado. Luz Vermelha deu-lhe três tiros. Na época, Acácio contou que havia tentado estuprar a moça. A versão dela é outra. O bandido a agrediu porque, tentando puxar conversa, ela o aconselhou a mudar de vida. Chamava a atenção de juízes e promotores um traço da personalidade de Luz Vermelha. Ele confessava os crimes como se estivesse contando vantagens. Apesar de condenado por quatro homicídios, disse ao juiz que havia matado "uns quinze". Dos 88 processos pelos quais foi condenado, nenhum esteve ligado a crime sexual, apesar da fama. Chegou a posar nu para um jornal de Santa Catarina, que acabou desistindo de publicar as fotos. O advogado de Luz Vermelha, José Luiz Pereira, tentou vender à imprensa a possibilidade de realizar um ensaio fotográfico do ex-presidiário sem roupa. Quando deixou a prisão, Luz Vermelha foi para uma casa de dois quartos tendo que dormir no sofá da sala. Pedia dinheiro ao primeiro que via e era uma celebridade entre as crianças da vizinhança, para as quais deu como suvenires até pregos nos quais pendurava suas roupas na prisão. Depois de analisar o laudo psiquiátrico de Acácio feito quando ele foi preso e o outro, escrito pouco antes de sair, o psiquiatra Claudio Cohen, professor de medicina legal da USP, arriscou um diagnóstico do criminoso. Acácio seria um limítrofe, patologia catalogada no Código Internacional de Doenças. Não tem a personalidade formada e, por isso, age de acordo com a expectativa das pessoas. Era instável emocionalmente e de sexualidade confusa. Aparentava ser esquizofrênico, mas demonstrava inteligência ao criar métodos de assalto. Dentro desse quadro, agia como um homem bom enquanto dele se esperava ser bom. Era difícil arriscar um palpite sobre como Acácio seria depois de sair de trinta anos de prisão. Sendo assim, Nelson Pinzegher matou "Luz Vermelha" em legítima defesa . Foi um pescador que matou o "Luz Vermelha" com um tiro de espingarda que o atingiu próximo ao olho esquerdo. O fato ocorreu na noite de 5 de janeiro de 1998 em Joinville, Santa Catarina. O pescador atirou no ex-presidiário para defender um irmão, Lírio, que "Luz Vermelha" tentava matar com uma faca. Anteriormente, Nelson e "Luz Vermelha" já tinham se desentendido porque o ex-detento assediava sexualmente a mãe, mulher e filhas do pescador. Nelson Pinzegher fugiu ao flagrante. Apresentou-se dias depois e respondeu ao processo em liberdade. Foi absolvido pelo Tribunal do Júri de Joinville, apesar de ter sido denunciado por crime qualificado. A própria promotoria pediu a absolvição por legítima defesa de terceiro, que era exatamente a tese da defesa. Reportagem
Os filmes O Bandido da Luz Vermelha e Luz nas Trevas - Revolta de Luz Vermelha baseiam-se em alguns desses fatos.
O programa linha direta presentou a história do Bandido da Luz Vermelha.

Os livros O Bandido da Luz Vermelha, de Rogério Sganzerla e A História do Bandido da Luz vermelha,de Zé do Norte baseiam-se nesses acontecimentos.
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               JOSÉ AUGUSTO DO AMARAL – O Preto do Amaral
Número de vítimas: 3 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1926

José Augusto do Amaral, mais conhecido como Preto Amaral, nasceu em Minas Gerais no ano de 1871. Ele é considerado o primeiro assassino em série brasileiro. Amaral era filho de escravos do Congo e Moçambique. Quando estava com 17 anos se beneficiou da Lei Áurea da Princesa Isabel para ser alforriado. Logo após, sem muitas oportunidades de emprego, ele entrou para o exército que era uma das poucas ocupações disponíveis para os negros na época. Amaral serviu no país inteiro: Espírito Santo, Bahia, Ceará, Rio grande do Sul, São Paulo, Goiás e vários outros lugares. Na Guerra de Canudos (1987), chegou a tenente. Ele também foi parte do primeiro batalhão da brigada policial e de vários outros batalhões, sendo que ele, na maioria, acabava por desertá-los. Até que em Bagé ele se juntou a o exercito nacional, onde ao desertar foi preso, e teve que responder ao conselho de guerra. Foi condenado a sete meses de prisão no quartel. Depois de rodar o Brasil como voluntário da Pátria, no ano de 1926, Amaral já estava com 55 anos, tinha uma vida de andarilho e vivia de sub-empregos (bicos). Nessa época ele cometeu o seu suposto primeiro crime. Em 5 de dezembro de 1926, Antônio Sanchez, de 27 anos, foi achado morto nas imediações do Aeroporto Campo de Marte, zona norte de São Paulo, após aceitar um convite para almoçar. “Com a certeza de que o rapaz não dava sinais de vida, ele o sodomizou e fugiu em seguida. Para ele, não fazia diferença o fato de fazer sexo com Antônio já morto”, escreveu Ilana Casoy no livro Serial Killers Made in Brasil. José Felippe de Carvalho, 12 anos, abordado na véspera do Natal, quando ia para a missa, foi também levado para o Campo de Marte, estrangulado e estuprado. A última vítima foi Antônio Lemes, 15 anos, morto em 1º de janeiro de 1927, depois de ganhar um almoço. Depois desses crimes houve ainda uma tentativa esganamento e atentado violento ao pudor, mas o rapaz que ele tentou esta investida conseguiu escapar da morte porque o "Preto" teria se assustado e o deixado no local, e em seguida foi até a delegacia denunciá-lo. Logo depois disso ele foi preso, torturado pela polícia e acabou confessando os seus supostos crimes. Já era famoso em São Paulo antes mesmo da sua prisão, os jornais da época estampavam notícias sobre um assassino em série na cidade e o mesmo já tinha as alcunhas na mídia local de "O mostro Negro" e "O Diabo Preto". As investigações levaram a polícia até Preto Amaral, que confessou os crimes, sem demonstrar emoção. Embora tenha sido reconhecido por testemunhas, a dúvida da autoria dos homicídios sempre permaneceu. Depois de preso ele foi examinado por um psiquiatra que numa das consultas ouviu uma história que ele contou sobre o tamanho exagerado de seu pênis e que sempre teve dificuldades de se relacionar com uma mulher, porque, segundo ele, nenhuma delas queria ter relações sexuais devido ao exagero do tamanho do seu membro. Ele também contou que passou por uma "macumba" quando menino e que depois disso o seu pênis não parou mais de crescer. Na época isso acabou relacionando o tamanho do seu pênis ao tamanho de sua bestialidade (comum pensamento da população sobre os tarados na época). Alguns casos continuaram a acontecer mesmo com o Preto Amaral preso, e com isso ele acabou virando uma lenda. A população revoltada queria o seu linchamento, ou morte, mas o Preto Amaral faleceu antes mesmo de ser julgado, cinco meses depois de ser preso. Amaral morreu de tuberculose em 12 de julho de 1927, na Cadeia Pública. Apesar de nunca ter sido julgado, ele é considerado o primeiro serial killer brasileiro e hoje sua história faz parte do Museu do Crime em São Paulo.

Chegou até mesmo a ser realizada uma montagem teatral chamada “Os crimes do Preto Amaral” para contar a história do suposto serial killer.
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                    FEBRÔNIO ÍNDIO DO BRASIL – O Filho da Luz
Número de vítimas: 2 ou mais
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1927


Febrônio Índio do Brasil é uma das mais intrigantes e assustadoras figuras na história brasileira. Filho de açogueiro, durante a década de 20, Febrônio era antes de tudo um criminoso.Uma espécie de "bicho-papão" para as crianças brasileiras das décadas de vinte e trinta (era comum os pais dizerem "se você não se comportar, o Febrônio vai te pegar", para as crianças que faziam malcriações), ganhou esta fama ao ser preso, em 1927, sob a acusação de ter estrangulado dois menores que resistiram a seus ataques homossexuais: Almiro José Ribeiro, em 17 de agosto, e João Ferreira, no dia 29 do mesmo mês. Os corpos, encontrados na Barra da Tijuca, tornaram Febrônio um dos criminosos mais conhecidos do Brasil. Mas o mineiro Febrônio Índio do Brasil, já era velho conhecido da polícia, tendo sua primeira prisão ocorrido em 1916, aos 21 anos, depois da qual se acumularam outras 29, por motivos diversos como roubo, vadiagem e chantagem. Além disso, segundo palavras do diretor da Casa de Detenção a seu respeito: "consta que ele entrega-se ao vício da pederastia". Atuou como médico e dentista sem licença ou formação em diversas cidades do Brasil, inclusive em Curitiba, consta inclusive que duas crianças morreram no Espiríto Santo após receberem medicação prescrita por ele. No final dos anos 20, depois de uma visão mística, Febrônio tornou-se um profeta. Evangelizador de uma religião própria que pregava a existência do Deus-Vivo. Sua missão, de acordo com as ordens de uma santa loura que apareceu em sua visão, era “escrever um livro e marcar os jovens eleitos com as letras D.C. V.X. V.I., tatuagem que é o símbolo do Deus- Vivo, ainda que com o emprego da violência!”. Febrônio escreveu o livro, "Revelações do Príncipe do Fogo", onde descrevia prolixamente esta religião, que ele próprio mandou imprimir e vendia de mão em mão. Com prosa apocalíptica e tumultuada, inspirou modernistas como o brasileiro Mário de Andrade e o francês Blaise Cendrars, que escreveram sobre ele. Todos os exemplares dos livros foram queimados pela polícia federal logo após sua prisão. Em trechos do livro, publicados num jornal carioca, podia-se ver a fúria de suas palavras místicas. No julgamento, o advogado Letácio Jansen, solicitou sua internação "numa casa de loucos onde haja a devida segurança e precisa vigilância". Com sua insanidade sendo atestada pelo perito Heitor Carrilho, o juiz Ary de Azevedo o considerou inimputável. Depois de assassinar e tatuar quase uma dezena de jovens, Febrônio foi para um manicômio. No hospício, inicialmente Febrônio tentou reduzir sua pena, reivindicar a soltura em petições a juízes ou obter transferência para a Colônia Juliano Moreira, em Jacarepaguá. Tinha como objetivo fugir, o que conseguiu em 1935, mas sua sorte durou pouco, sendo recapturado após somente um dia de liberdade. Após isso, entrou em processo de demência. O médico Heitor Carrilho (que hoje empresta o nome ao hospício) ficou de dezembro de 1927 a janeiro de 1929 examinando o "louco moral e homossexual com impulsões sádicas", solicitando depois sua "segragação ad vitam (enquanto vivo)". Num laudo de trinta e quatro folhas, determinou o sepultamento em vida do homem que, a partir de 1936, foi esquecido, passando longos períodos na solitária. Em junho de 1984 foi lançado o curta-metragem "O Príncipe do Fogo", de Sílvio Da-Rin, tendo Febrônio como tema. Dois meses depois, aos 89 anos e completamente senil, o preso mais antigo do Brasil, interno número 000001 do Manicômio Judiciário, morreu de edema pulmonar agudo. Havia passado 57 anos no hospício.
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                               FRANCISCO COSTA ROCHA – Chico Picadinho
Número de vítimas: 2
Local dos crimes: São Paulo
Período: 1996 e 1976

Francisco Costa Rocha, conhecido como Chico Picadinho foi um assassino em série brasileiro que esquartejou 2 mulheres nos anos de 1966 e 1976. Filho de pai muito severo, sua mãe foi uma mulher que tinha muitos amantes e quase sempre casados. Francisco cometeu seu primeiro assassinato em 1966, quando vivia uma vida muito boêmia, com muita bebedeira e mulheres, também usava drogas. Com o passar do tempo necessitava todos os dias fazer sexo, sair e beber muito. Seu primeiro assassinato seguido de esquartejamento foi em 1966. Sua vitima era Margareth, uma boêmia conhecida de seus amigos. Após passarem em alguns restaurantes e bares, Francisco a convidou para terem relações sexuais. Assim ela aceitou ir ao apartamento, na época dele e de Caio(amigo cirurgião-médico da aeronáutica). Francisco nem chegou a consumar o ato. Após algum tempo, ele começou a ter um jeito violento, e tentou estrangulá-la(de fato o fez), com a mão, e terminou com o cinto. Após ver Margareth morta no quarto, pensou que deveria sumir com o corpo dali. Tirou o trinco da porta do banheiro para melhor locomoção, levou-a, e a deitou de barriga para cima. Ele usou instrumentos bem rústicos, na realidade, os primeiros que viu pela frente: Gilete, tesoura e faca foram os principais usados. Começou a cortar pelos seios, depois foi tirando os músculos e cortando nas articulações, a fim de que o corpo ficasse menor para poder esconder... Vale ressaltar que Francisco esquartejou Margareth pelo fato de ter medo das ações que viriam após ter causado sua morte, concluindo assim que teria de esconder o corpo. Demorou cerca de 3 a 4 horas até desmembrar a vitima e colocar dentro de uma sacola (pois também sabia que o amigo com quem dividia seu apartamento estaria para chegar). Quando Caio chegou, Francisco disse que tinha uma coisa para contar, e falou que havia matado alguém. Não contou como, nem porque, mas disse que o corpo ainda estava no apartamento. Pediu um tempo para Caio para que pudesse avisar sua mãe e contratar um advogado. De fato, viajou à procura de sua mãe. Ao chegar, avisou uma amiga e não teve coragem de falar o que realmente acontecera, apenas informando que algo de grave havia ocorrido, e pedindo para avisar sua mãe. Ao retornar, seu amigo Caio havia avisado ao delegado de homicídios, que prendeu Francisco, que não reagiu à prisão em momento algum. No tempo em que esteve preso ele casou-se com uma russa a ex-faxineira de seu apartamento e teve um bom comportamento na cadeia. Eles tiveram uma filha e um filho, porém se separaram antes do nascimento da segunda criança, Francisco foi solto antes de cumprir toda a pena, ficando assim apenas 8 anos na prisão. A libertação foi possível com o aval de psiquiatras e peritos que atestaram que Francisco Costa Rocha estava recuperado e apto para voltar a viver em sociedade. No dia 14 de setembro de 1976, dois anos depois de ser libertado ele tentou matar por esganadura a prostituta Rosemarie Michelucci em um hotel na zona leste de São Paulo que por sorte conseguiu escapar. No dia 16 de outubro de 1976, Francisco Costa Rocha estrangulou e esquartejou outra mulher, a prostituta Ângela de Souza da Silva, conhecida como a "moça da peruca". O crime aconteceu em um apartamento na Avenida Rio Branco, centro de São Paulo, região da "Boca do Lixo" que Francisco Costa Rocha dividia com um amigo, porém, desta vez, esquartejou sua vítima com um cuidado muito maior, e tentou jogar alguns pedaços pelo vaso. Ele tinha conhecido a prostituta horas antes em um bar e após o crime voltou a fugir para o Rio de Janeiro sendo preso 28 dias depois em uma Praça de Duque de Caxias quando lia uma revista que relatava sua vida de crime. Ele foi condenado novamente. Na época, a exibição pela imprensa das fotos de suas vítimas cortadas em pedaços sensibilizou bastante a opinião pública, fazendo com que o criminoso fosse condenado a 30 anos de prisão. Chico continua preso até hoje no Hospital de Custódia e Tratamento de Taubaté, em São Paulo. Deveria ter sido colocado em liberdade em 1998 já que a legislação estabelece que ninguém pode ficar preso mais de 30 anos. Porém com base em laudos médicos e psiquiátricos, o Ministério Público de São Paulo conseguiu a interdição de "Chico Picadinho" na Justiça Civil. O motivo é que Francisco Costa Rocha é incapaz de regular seus próprios atos e se for solto voltará a esquartejar e assassinar outras pessoas. Sendo assim ele cumpre uma espécie de prisão perpétua. Hoje passa seus dias na prisão pintando e diz que ao cometer seus crimes agiu sob a influência do romance "Crime e Castigo" de Dostoiévsky, a quem chamou de Deus numa entrevista-


            Pedro Rodrigues Filho - Pedrinho Matador .

Pedro Rodrigues Filho, conhecido como Pedrinho Matador, nascido em 1954, é um homicida psicopata brasileiro.Matou pela primeira vez aos catorze anos e seguiu matando e hoje acumula muitos homicídios, incluindo o do próprio pai, sendo que 47 pessoas foram mortas dentro dos presídios pelos quais passou. Ainda não respondeu por todos os crimes, mas já foi condenado a quase quatrocentos anos de prisão, a maior pena privativa de liberdade já aplicada no Brasil. Ele nasceu numa fazenda em Santa Rita do Sapucaí, sul de Minas Gerais, com o crânio ferido, resultado de chutes que o pai desferiu na barriga da mãe durante uma briga. Ele conta que teve vontade de matar pela primeira vez aos 13 anos. Numa briga com um primo mais velho, empurrou o rapaz em uma prensa de moer cana. Ele não morreu por pouco. Aos quatorze anos ele matou o vice-prefeito de Alfenas, Minas Gerais, por ter demitido seu pai, um guarda escolar, na época foi acusado de roubar merenda escolar. Depois ele matou um vigia, que acreditava ser o verdadeiro ladrão. Refugiou-se em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo, onde começou a roubar bocas-de-fumo e a matar traficantes. Conheceu a viúva de um líder do tráfico, apelidada de Botinha, e foram viver juntos. Assumiu as tarefas do falecido e logo foi obrigado a eliminar alguns rivais, matando três ex-comparsas. Morou ali até que Botinha foi executada pela polícia. Pedrinho escapou, mas não deixou a venda de drogas. Reuniu soldados e montou o próprio negócio. Em busca de vingança pelo assassinato da companheira, matou e torturou várias pessoas, tentando descobrir os responsáveis. O mandante, um antigo rival, foi delatado por sua ex-mulher. Pedrinho e quatro amigos o visitaram durante uma festa de casamento. Deixaram um rastro de sete mortos e dezesseis feridos. O matador ainda não tinha completado 18 anos. Ainda em Mogi, executou o próprio pai numa cadeia da cidade, depois que este matou sua mãe com 21 golpes de facão. A vingança do filho foi cruel: além das facadas, arrancou o coração do pai e comeu um pedaço. Pedrinho pisou na cadeia pela primeira vez em 24 de maio de 1973 e ali viveu toda a idade adulta. Em 2003, apesar de já condenado a 126 anos de prisão, esteve para ser libertado, pois a lei brasileira proíbe que alguém passe mais de 30 anos atrás das grades. Mas, por causa de crimes cometidos dentro dos presídios, que aumentaram suas penas para quase 400 anos, sua permanência na prisão foi prorrogada pela Justiça até 2017. Pedrinho contava com a liberdade para refazer sua vida ao lado da namorada, uma ex-presidiária cujo nome ele não revela. Eles se conheceram trocando cartas. Depois de cumprir pena de 12 anos por furto, ela foi solta e visitou Pedrinho no presídio de Taubaté. Jurado de morte por companheiros de prisão, Pedrinho é um fenômeno de sobrevivência no duro regime carcerário. Dificilmente um encarcerado dura tanto tempo. Matou e feriu dezenas de companheiros para não morrer. Certa vez, atacado por cinco presidiários, matou três e botou a correr os outros dois. Matou um colega de cela porque 'roncava demais' e outro porque 'não ia com a cara dele. Para não deixar dúvidas sobre sua disposição de matar, tatuou no braço esquerdo: 'Mato por prazer'. É dotado de excepcional força física, devido às quatro horas diárias em que se exercita em sua cela, e geralmente dispensa armas para matar. Usa as mãos e a força de seu corpo para deslocar a cabeça de suas vítimas. Mas também mata com facadas certeiras no ventre de seus desafetos. Numa prisão de Araraquara, no interior de São Paulo, degolou com uma faca sem fio o homem acusado do assassinato de sua irmã. Pedrinho é a descrição perfeita do que a medicina chama de psicopata - alguém sem nenhum remorso e nenhuma compaixão pelo semelhante. Os psiquiatras que o analisaram em 1982 para um laudo pericial, escreveram que a maior motivação de sua vida era 'a afirmação violenta do próprio eu'. Diagnosticaram 'caráter paranóico e anti-social'. Oficialmente, ele matou 71 pessoas (ele diz ter matado mais de 100) , 40 delas dentro das prisões. O próximo de sua lista seria Francisco de Assis Pereira, o Maníaco do Parque, que também cumpre pena ali por ter confessado o assassinato de dez jovens. "Se eu chegar perto, a vida dele acaba em dois minutos", ameaça. O ódio ao motoboy não é pessoal. Pedrinho executou dezenas de estupradores nesses 27 anos em que está preso. O que ele não admite é violência contra mulheres e crianças. Sua mulher foi assassinada por traficantes no sétimo mês de gravidez. Mas ele não gosta de falar sobre o caso. "Só acho que um cara como o motoboy não merece viver." Vídeo
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               José Airton Pontes - O missionário .

José Airton Pontes, de 49 anos, que se identificava como missionário evangélico nas cidades onde passava, foi preso pela polícia do Paraná no começo de novembro de 2008, na cidade catarinense de Pinhalzinho. Os policias chegaram até Pontes durante a investigação do assassinato de uma criança de apenas 7 anos, que foi violentada sexualmente na cidade de Marmeleiro, Sudoeste do Paraná. Depois de preso, ele foi encaminhado para a delegacia de Foz do Iguaçu e, em seguida, para Curitiba, onde o Sicride (Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas) assumiu as investigações. “Ele foi preso três vezes por estupro e atentado violento ao pudor e já ficou preso por 21 anos. Nos períodos que esteve solto, usava uma bicicleta cor vermelha, com garupa na frente e carregava uma viola nas costas. Ele se identificava como missionário e, desta forma, conseguia abrigo, dinheiro e comida de pastores que acreditavam nele e o acolhiam”, explicou a delegada Márcia Tavares do Santos, titular do Sicride.Dois crimes, duas crianças mortas, dois casos de violência sexual infantil. Os fatos por si só já causariam espanto no mais experiente dos policiais, porém, mas José Pontes escondia ainda mais histórias de crimes hediondos. A carreira criminosa de Pontes começou a ser trilhada no ano de 1975, quando ele tinha 15 anos e cometeu seu primeiro estupro. A vítima era uma menina, cuja idade não foi apurada pela polícia, que morava na cidade de Lages, Santa Catarina. Logo em seguida, José fugiu para Curitiba, onde violentou um menino de oito anos. José foi preso logo em seguida e passou dez anos na cadeia sendo solto no ano de 1985. Após cumprir a pena, José não era mais um adolescente e com 25 anos de idade voltou às ruas para cometer mais crimes. Em 1986, José Airton violentou um menino em Joinville (SC). Embora não tenha certeza, José acredita que tenha matado o menino.No ano seguinte José voltou para a cidade onde cometeu seu primeiro crime, Lages, onde violentou 13 meninos, um deles, Pontes afirma que enforcou até desmaia, não sabendo se o matou. Antes disso, o maníaco já havia passado por Balneário Camboriú, SC, e durante sua permanência estuprou uma menina. De 1988 até 1992, outros quatro meninos foram violentados e uma menina estuprada por José. Os crimes aconteceram nos estados de Santa Catarina, Goiás e São Paulo. No município de Santa Cruz do Rio Pardo (SP), José foi preso e lá cumpriu 12 anos de prisão, sendo solto em 2004, quando recebeu liberdade condicional. Solto novamente, José tinha ordem judicial de não deixar a comarca, mas ele não tomou conhecimento da determinação do juiz e desapareceu. Em de Santa Cruz do Rio Pardo, ele foi preso com o nome de Sidnei Padilha. Ele se identificava para a polícia com diversos nomes, como Elias Generoso Batista Rocha, Sidnei Padilha e Sidney Padilha Fristch. Ele sempre trocava de nome quando era preso para não ser identificado como reincidente e a pena não se agravar.O maníaco voltou para Lages, Santa Catarina, e lá violentou mais três garotos. Um ano depois, em 2005, José começava a trilhar o caminho que o levou a Marmeleiro. A primeira parada foi em sua cidade natal, Caçador. Lá ele violentou um menino e seguiu para o município de Santa Cecília, onde estuprou uma menina. Em junho daquele ano, Pontes chegou a Curitiba onde estuprou e matou a menina Jéssica Morais de Oliveira. Logo em seguida foi para Palmas, no Tocantins, onde violentou um menino. Em outubro retornou ao Paraná. Pontes, mais conhecido como o “Maníaco da Bicicleta”, ganhou espaço nas manchetes policiais do sudoeste, após violentar sexualmente e logo em seguida assassinar o menino, Renato Renan Poronizak, 7 anos, em Marmeleiro, no ano de 2005 antes de ser preso. Com sua prisão, a família de Jéssica finalmente pode saber o seu destino. Com a confissão do crime, Pontes levou a polícia até o local onde estuprou, matou e depois enterrou o corpo, marcando o fim de cinco meses de agonia e incertezas. Condenado a 37 anos de prisão, José Pontes acumula 30 anos de crime.
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                                Dyonathan - Maníaco da Cruz .


Um garoto de boa aparência, sociável e trabalhador. Ao falar de seus crimes, frio e vaidoso. Este é o perfil do adolescente de 16 anos, preso após confessar três assassinatos em série, em Rio Brilhante. Ele disse que escolhia as vítimas aleatoriamente e após uma conversa, que na verdade era uma entrevista, ele classificava a pessoa como “pura” ou “impura” e com base nisso, se ela deveria ou não continuar vivendo. Inspirado em Francisco de Assis Pereira, que ficou conhecido como “Maníaco do Parque” pelos crimes cometidos em São Paulo, há uma década, o garoto tinha como meta ultrapassar o número de assassinatos cometidos por Pereira. A delegada titular da Deaij (Delegacia Especializada na Infância e Juventude), Maria de Lourdes Souza Cano, conta que o garoto calculou que se Assis começou a cometer crimes aos 17 anos e conseguiu fazer 18 vítimas, ele, com 16 anos, faria mais. O primeiro assassinato foi no dia 24 de julho. O adolescente disse que o pedreiro Catalino Cardena, 33 anos, teria o assediado, propondo manter relações sexuais e por isso resolveu matá-lo. Catalino recebeu um golpe de faca e depois o adolescente usou um canivete para escrever INRI (Jesus Nazareno Rei dos Judeus) no peito dele. Depois de cometer o primeiro crime, o adolescente não voltou mais à escola, onde cursava o 9º ano do Ensino Fundamental. Um mês depois Letícia Neves de Oliveira, 22 anos foi assassinada. O rapaz a abordou próximo da casa dela, que fica em frente ao cemitério e começou a conversar. No diálogo ele perguntava primeiro se a pessoa acreditava em Deus, depois se tinha namorado e se já havia mantido relações sexuais. Letícia seria também, homossexual e o adolescente julgou que ela deveria morrer. Em todos os casos ele aplicava uma gravata na vítima e, encostando uma faca no corpo dela, ele a obrigava a ir ao local onde consumaria o assassinato. Letícia foi morta por estrangulamento e deixada sobre um túmulo e despida. Como ela tinha uma tatuagem de cruz no peito ele resolveu não deixar marca. Em setembro não houve crime. O garoto chegou a abordar e conversar com uma garota, chamada Carla, mas considerou que ela “era pura” e que não merecia morrer. A garota foi ouvida pela polícia, como única testemunha, e confirmou a abordagem. O último crime foi em outubro. O corpo de Gleice Kelly da Silva, 13 anos, foi encontrado em um terreno baldio no assentamento Por do Sol, sem a blusa e o sutiã. Esta vítima o adolescente classificou como “desobediente” porque se negou a ficar de costas para que ele a estrangulasse. Próximo ao corpo ele deixou um bilhete com várias cruzes e letras soltas que, dentre as possibilidades, formava a palavra “INFERNO”. O menor ainda teria entrado na página de relacionamentos (Orkut) da última vítima, e deixado uma mensagem informando às pessoas que deixavam consolo à família que “mortos não lêem o orkut”. O rapaz não mostra arrependimento. Ele conta que no momento em que estrangulava as vítimas perguntava: “E agora, você acredita no seu Deus”. Segundo ele, na maioria das vezes, em pânico a vítima dava resposta negativa. Depois que a vítima desfalecia, ele conferia se o coração ainda batia. No caso de Gleice ele chegou a pensar em terminar de matá-la com uma faca, mas como estava sem ponta voltou a estrangular a adolescente até que ela morresse. Os assassinatos em série ficaram conhecidos como crimes do “maníaco da cruz” porque tinham uma peculiaridade: os corpos eram colocados em posição de crucificação, com as penas cruzadas e os braços abertos. O adolescente disse, em depoimento, que isso era para que as vítimas “encontrassem seu Deus”. O adolescente diz cultuar a imagem de satanás e acredita que estava ajudando as pessoas que matavam a ficarem próximas do Deus em que elas acreditavam.Meticuloso, ele usava luvas cirúrgicas para não produzir provas. Outra marca do garoto era a vaidade. Ele gostava de ver notícias sobre seus crimes, no quarto dele foram encontrados três jornais com reportagens sobre os assassinatos. “Ele disse que se sentia bastante capacitado”, conta a delegada Maria de Lourdes Cano. Ele também guardava objetos relacionados aos crimes, como a blusa e uma pulseira de Gleice, o celular dela e o de Letícia. Quando a polícia chegou à casa do adolescente, encontrou o canivete usado para escrever a palavra “INRI” no corpo de Catalino, ainda com a mancha de sangue. Foram encontrados no quarto do adolescente posters do “Maníaco do Parque” e de diabo. Havia revistas pornográficas, onde ele avaliava o perfil das garotas para ter um parâmetro de como classificar as vítimas como “vadias” e foram apreendidos dois CDs, cujo conteúdo não foi informado. Foi achado, ainda, um envelope de cor azul, dentro do qual havia um papel com nome das vítimas, escrito em vermelho. Dentre elas, está a moça que foi abordada, mas que ele desistiu de matar, de nome Carla. A frente uma barra e a palavra “salva”. Os pais do adolescente, segundo apurou a polícia, não desconfiavam do envolvimento dele nos crimes. Segundo familiares das vítimas, o pai dele era vigia e dava aulas de caratê. O adolescente está apreendido na Deaiji e, conforme a Lei, deve cumprir medida sócio-educativa em unidade de internação, por no máximo 3 anos. Reportagem

5 comentários:

  1. Respostas
    1. Deve ser maníaco achar da horas assassinos de crianças e estrupadores

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  2. Nenhum desses citados são serial killers.

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  3. claro q sao alguns tem poucas vitimas mas quando o sujeito e responsavel por 2 ou mais mortes ja e considerado serial killer

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  4. claro q sao alguns tem poucas vitimas mas quando o sujeito e responsavel por 2 ou mais mortes ja e considerado serial killer

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